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Impeachment: Depoimento sobre propina envolvendo gov. Roseana é enviado ao STJ

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Folha de São Paulo

O juiz federal Sergio Moro enviou ao Superior Tribunal de Justiça nesta terça (12) o depoimento da contadora Meire Poza, que trabalhou com o doleiro Alberto Youssef, no qual ela diz que o governo do Maranhão pagou precatório de R$ 120 milhões à empreiteira Constran após políticos e servidores receberem R$ 6 milhões de propina.

O Estado é governado por Roseana Sarney (PMDB).

O depoimento foi enviado ao presidente do STJ, ministro Felix Fischer, porque governadores só podem ser processados por essa instância.

Se o STJ considerar que há indícios de crime da governadora, poderá abrir uma ação penal contra Roseana.

A contadora é tida pela Polícia Federal como a principal testemunha do esquema de suborno do doleiro.

Segundo ela, a própria governadora recebeu R$ 300 mil de propina da Constran.

Para a contadora, o Estado rompeu a ordem cronológica de pagamento de precatórios, o que pode caracterizar crime de responsabilidade. Esse crime pode levar à abertura de processo de impeachment.

No despacho, o juiz afirma que é “prematuro concluir pelo envolvimento direto da governadora”.

Também nesta terça, a Justiça do Maranhão determinou que o Estado suspenda o pagamento do precatório.

Segundo a decisão da juíza Luzia Madeiro Neponucena, a suspensão provisória é necessária “diante existência de perigo de lesão ao erário”.

A governadora e a Constran negam que tenha havido quebra da ordem cronológica. “Foi realizado acordo judicial, com acompanhamento do Ministério Público, para negociação dessa ação”, diz nota do governo.

Em cerimônia nesta terça, Roseana rebateu as acusações: “Desafio qualquer empreiteiro a dizer que algum dia me deu algum recurso, algum dinheiro que possa ter me comprado. Porque eu não sou mulher que seja comprada”.

A Constran afirma repudiar “tentativa de relacioná-la ao pagamento de propinas”.

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