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Delator relata repasse de propina a assessor de Sarney

O empresário Luiz Fernando Nava Maramaldo, sócio da NM Engenharia, detalhou em depoimento ao Ministério Público Federal o repasse de propina a assessores de políticos do PMDB, a pedido de Sérgio Machado, delator e ex-presidente da Transpetro – que era apadrinhado político do partido.

O delator fala de pagamento a pessoas do PMDB no Maranhão. Segundo o empresário, o ex-presidente da Transpetro pediu pra que valores de contratos da estatal fossem pagos a Amauri Cesar Piccolo, servidor público vinculado a José Sarney.

Maramaldo contou em delação premiada que a empresa dele fez doações oficiais que, na verdade, eram propina – dinheiro desviado de contratos da empresa com a Transpetro. Os depoimentos do empresário embasaram a Operação Satélites, relacionada à Lava Jato, autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário disse ainda ter ouvido de Sérgio Machado que os repasses se tratavam de “dinheiro carimbado” para políticos. Era a forma de traduzir as doações ao PMDB que, na verdade, eram propina. Além dos depoimentos, o delator apresentou comprovantes dos depósitos tendo como beneficiários os diretórios regionais do PMDB.

José Sarney é citado 49 vezes na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O delator diz ter direcionado propina de R$ 18,5 milhões a Sarney nos anos em que chefiou a estatal (2003-2014). Segundo Machado, Sarney recebeu R$ 16 milhões em dinheiro vivo proveniente da Transpetro. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, determinou abertura de inquérito para investigá-lo. Ao pedir autorização do STF para a instauração de inquérito destinado a apurar o crime de embaraço à Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot se referiu ao grupo formado por Sarney como ‘quadrilha’ e ‘organização criminosa’.

Em maio do ano passado, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão de Sarney por suspeita de obstrução da Lava-Jato. Naquela ocasião, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado gravou clandestinamente o peemedebista, preocupado com os desdobramentos das investigações do petrolão.

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