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Consumidor não pode pagar por deficiência do governo

6D7B5F8210FAEE6E1B6B7F389014D0-300x189O consumidor brasileiro não pode ser penalizado pela inoperância do governo federal com o sistema elétrico. A avaliação foi feita pelo deputado Simplício Araújo (Solidariedade/MA), após o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ter afirmado que a segurança no abastecimento de energia elétrica pode ser ampliada, desde que o consumidor pague mais por isso.

Segundo informou o ministro, o país tem uma folga de energia suficiente para atender à demanda, mesmo em momentos como o atual, em que os reservatórios das hidrelétricas estão baixos. Mas, se o desejo for ir além disso, a conta recairá sobre a sociedade. A informação é do jornal “O Estado de S. Paulo”.

“É inaceitável que o brasileiro pague a conta pela ineficiência do governo. O ministro precisa assumir seus erros e admitir que há falhas graves no setor elétrico”, ressaltou o deputado maranhense.

Mesmo com todos os problemas envolvendo o setor, o ministro continua afirmando que o sistema é “firme, sólido e robusto”. Disse ainda que o planejamento do governo para o setor elétrico segue as melhores práticas internacionais. Simplício acredita que Lobão esteja avaliando o sistema elétrico de um outro país.

“Não é possível que o ministro esteja se referindo ao sistema elétrico brasileiro. Esse cenário é fantasioso. Ele e sua equipe não vão conseguir enganar a população”, afirmou o parlamentar.

Apesar disso, Lobão reconheceu que há um risco mínimo de desabastecimento, caso a seca se prolongue. Na semana passada, Lobão havia dito que esse risco era “zero”. Diante disso, Simplício espera uma explicação.

O ministro não fez comentários sobre as causas dos apagões que atingiram o país nas últimas semanas. Assim como outros membros do governo, o ministro prefere utilizar os termos “acidente” ou “incidente” para ocasiões em que o fornecimento é interrompido.

Segundo fontes do setor, essa conta deve chegar a R$ 10 bilhões este ano, o que significaria um reajuste de 10% na tarifa. O governo reservou R$ 9 bilhões do Orçamento para este fim. Ainda assim, o rombo entre receitas e despesas será de R$ 5,6 bilhões neste ano, o que representaria reajuste adicional de 4,6% na conta, segundo cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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