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Consultórios de rua

Editorial do Jornal Pequeno

Caídos nas ruas, alcoolizados ou drogados, perdidos e desorientados, desabrigados e desaparecidos, usando substâncias inalantes, usando crianças para esmolar, 1% da população brasileira (cerca de 2 milhões de pessoas), vive nas ruas. Eles sofrem o desprezo de uma sociedade que os trata como lixo e, conforme especialistas, buscam no álcool e nas drogas uma forma de anestesiar a amargura, o frio e a falta de esperança, sabendo-se, entretanto, que na maioria das vezes, o vício é consequência e não causa.

Ciente dessa situação o ex-presidente Lula criou centros nacionais de referência em direitos humanos para cuidar dos moradores de rua com ações nas áreas de saúde, educação e moradia. O projeto alcançou diversos estados e capitais, com destaque para São Luís que mantém a maior e melhor Residência Inclusiva do país em termos de estrutura, conforto e beleza, conforme declarou na última quinta-feira, o prefeito Edvaldo.

A cargo da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social, os avanços de gestão obtidos na área social, em São Luís, servem de referência para todo o país. Um desses equipamentos é o “Consultório de rua” que atende pessoas que moram em áreas públicas com espaço de moradia e sustento. Em São Luís, os consultórios de rua são formados por assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais para atendimento de pessoas em situação de rua. Esses agentes sociais desempenham atividades capazes de garantir defesa e proteção a pessoas em situação de risco pessoal e social.

Os Centros de Referência Especializada (Centros Pop) e os Abrigos Institucionais são equipamentos sociais de acolhimento e, conforme o prefeito Edivaldo, muitas das pessoas neles atendidas voltaram para casa. Outros passam o dia trabalhando e voltam somente para dormir, o que lhes mantém as mentes ocupadas e ajuda na recuperação e no tratamento.

A condução das políticas municipais de inclusão tem merecido elogios do Governo Federal, conforme já registrado em reportagens pela Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de São Luís. Os centros Pop atendem 40 pessoas, em média, das 8 às 17 horas, com higienização pessoal, café da manhã, palestras, almoço, lazer e acompanhamento psicológico, social e pedagógico. E o Abrigo Institucional reserva acolhimento para 50 pessoas, por abandono, migração e falta de residência, desenvolvendo condições de independência, autocuidado e acesso a qualificação profissional. E, segundo Andreia Lauande, Secretária da Criança e Assistência Social, outro abrigo está prestes a ser entregue na Cohab, com capacidade para atender 30 pessoas.

Um estudo do doutor em Sociologia Lindomar Boneti, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, revela que são os conflitos familiares, o desemprego e o fracasso escolar, as principais causas que levam as pessoas a viverem ao relento. No caso de São Luís essas pessoas também se tornam público prioritário do Programa Minha Casa Minha Vida. Mas com 2 milhões de brasileiros vivendo nas ruas, em extrema miséria, sabemos que ainda há muito a fazer pela inclusão social no Brasil.

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