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Comando instaura Conselho de Disciplina para afastar policiais

afastamento Leite e Campos

O comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Aldimar Zanoni Porto instaurou Conselho de Disciplina para julgar o Cabo Campos e o Soldado Alexandre Leite por terem liderado, no último dia 14, a manifestação de policiais militares em frente ao Palácio dos Leões. O comando da PMMA chegou, logo depois do protesto, a dar voz de prisão ao PM Leite por pronta intervenção, sob a alegação de que foram quebradas as cercas disciplinadoras que estavam na frente da sede do governo Roseana Sarney.

O ato do comandante-geral, assinado pelo coronel Zanoni Porto e divulgado nesta segunda-feira (dia 17 de março) no Boletim Geral da PMMA, resolve ainda afastar de suas funções o Cabo Campos e o Soldado Leite e colocá-los à disposição do Conselho simplesmente por terem participado de uma manifestação legítima, que reivindica do governo do estado justas melhorias à classe.

Segundo apuramos, quando a PM busca excluir praças, instaura o Conselho de Disciplina. Este é um processo disciplinar administrativo. Na PMMA ele é regulamentado pela Lei 3700 de 26 de novembro de 1975.

Na avaliação do editor deste blog, não há fundamentação suficiente para que os dois militares sejam punidos e expulsos da corporação. Os policiais militares tem todo direito de exercer sua cidadania e exigir melhores condições de trabalho à categoria. Nada mais justo, ainda mais se tratando do governo Roseana Sarney, que desrespeita, humilha e jamais valorizou a Polícia Militar.

O coronel Zanoni (pessoa correta, trabalhadora, séria e competente), ao invés de bater de frente e punir, deveria primar mais pelo diálogo e ficar do lado dos companheiros de farda.

afastamento portaria (2)

Assembleia

Na noite do dia 14 de março, em Assembléia Geral, mais 600 policiais militares e bombeiros da região metropolitana de São Luís lotaram a FETIEMA.

O governo do Estado prometeu dar uma resposta às reivindicações e uma Assembléia Geral está marcada para o próximo dia 20, onde os militares decidirão se paralisam ou não.

Os militares reclamam do reajuste de apenas 7% concedido, em ano eleitoral, pela governadora Roseana Sarney à categoria. Segundo os policiais, não se trata de aumento, mas de reposição salarial, pois refere-se a perdas salarias e não a aumento real de vencimentos. Os militares pedem implantação de reajuste de 18% (mesmo percentual que foi concedido a servidores de outras categorias) e das perdas salariais, além de mudanças nos critérios de escalonamento, promoção e jornada de trabalho. O governo do Estado, porém, deu 7% de reajuste.

Segundo os policiais e bombeiros, “sempre que se concede um reajuste a servidores públicos, a categoria fica de fora, e o reajuste anunciado recentemente, de 7%, não é um aumento real, pois é referente ao acordo firmado em 2011”.

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