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Coligação do PT/MA com Flávio Dino ou Luís Fernando terá que passar por crivo do diretório nacional

Todas as coligações estaduais do PT formadas para as eleições do ano que vem terão que ser aprovadas pelo diretório nacional do partido antes de serem registradas oficialmente. Assim sendo, a eleição no Maranhão terá que seguir a estratégia nacional do Partido dos Trabalhadores.

Flavio-Dino-com-Dilma

A norma abre brecha para que os diretórios estaduais percam espaço nas decisões para o ano que vem. No Maranhão, por exemplo, o PT pretende apoiar a candidatura para o governo do presidente da Embratur, Flávio Dino, do PCdoB. No entanto, o senador José Sarney (PMDB) tem feito pressão para que o partido apoie o seu candidato no estado, o secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva. Tanto os comunistas quanto os peemedebistas são aliados no plano nacional do PT e da presidenta Dilma.

Em tese, a cúpula do partido poderá impor sua vontade sobre a decisão do PT no Maranhão e em outros estados. A medida foi incluída em uma resolução aprovada nesta quarta-feira (11) em uma reunião do diretório nacional em Brasília. O documento afirma que uma chapa só poderá se registrar na Justiça Eleitoral, “após a devida aprovação pela direção nacional”. Em outro documento com as diretrizes do partido para as eleições do ano que vem, afirma-se também que a presidente Dilma Rousseff poderá dar a palavra final sobre todas as coligações estaduais.

A resolução também diz que os diretórios estaduais serão orientados para que as coligações atendam às diretrizes sobre tática eleitoral e política de alianças a serem aprovadas para as eleições de 2014.

Segundo o novo secretário-geral do partido, o deputado federal licenciado Geraldo Magela (DF), a sigla priorizará o diálogo, mas esclarece que os estados deverão seguir o plano nacional do PT. “Ninguém vai impor nada de cima para baixo. Mas o que os estados precisam ter claro é que o partido precisa estar em sintonia, em uma lógica nacional para a reeleição [da presidente Dilma Rousseff]”, explicou.

Esta não é a primeira vez que o PT faz tal tipo de determinação. Nas últimas eleições estaduais a sigla já havia testado a estratégia. O documento apresentado nesta quarta também afirma que os diretórios estaduais deverão ser orientados para que as coligações atendam às diretrizes sobre a tática eleitoral e política de alianças que serão decididas para as eleições de 2014.

A cúpula do partido também definiu algumas diretrizes para o calendário eleitoral do partido.

Conforme o documento, redigido pela cúpula do partido, as alianças deverão levar em conta o objetivo de reeleger a presidente Dilma Rousseff, aumentar as bancadas no Congresso e Assembleias estaduais, além de obter vitórias nas disputas estaduais.

As candidaturas da sigla para as eleições de 2014 deverão ser definidas até 10 de fevereiro, em cada estado, pela respectiva comissão executiva estadual. Se houver prévias, elas serão realizadas, nos finais de semana, entre 5 e 13 de abril.

O texto também determina que os diretórios estaduais sigam as orientações do Diretório Nacional na costura de acordos com outros partidos.

“Respeitada a autonomia e a disputa interna a respeito do processo de escolha das pré-candidaturas majoritárias e da discussão sobre alianças eleitorais estaduais, a chapa final com a definição sobre coligações, em cada Estado, somente poderá ser registrada perante a Justiça Eleitoral APÓS a devida aprovação pela direção nacional, que, através de sua Comissão Executiva Nacional, adotará os procedimentos necessários que serão definidos no processo de preparação das eleições de 2014”, diz um dos itens do texto.

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