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Em entrevista polêmica, Castelo diz que campanha de desconstrução orquestrada pelo grupo Sarney prejudicou sua reeleição

(1h01) Em contundente entrevista concedida na noite de ontem (25) ao jornalista Américo Azevedo Neto, na TV Guará, o prefeito de São Luís, João Castelo, disse que a campanha engendrada contra os quatros anos de sua gestão, orquestrada pelo sistema de comunicação ligado ao atual grupo político que comanda o governo estadual, prejudicou sobremaneira sua reeleição.

“A mídia deles me agrediu e me bateu quatro anos. Já estão fazendo com o Edivaldo [Holanda Júnior, prefeito eleito de São Luís] a mesma campanha que fizeram comigo”, desabafou Castelo. “Além disso, o governo escalou na Assembleia um capacho de segunda classe para me agredir quatro anos. Não entendi a campanha contra mim do Sistema, foi além dos interesses do povo”, disparou o tucano.

Na sua última entrevista, praticamente, como prefeito de São Luís, Castelo disse que tentaram desconstruir sua imagem durante todos os dias da sua administração. “Fui massacrado quatro anos pelo sistema Mirante, com propaganda negativa no intuito de desconstruir a minha imagem. E isso pesou na campanha”, afirmou o prefeito, ressaltando que respeita os funcionários da empresa de comunicação pertencente à família Sarney. “Tenho uma boa relação com todos, entendo que eles foram apenas orientados”, frisou.

O prefeito também falou da parceria, já no final do seu mandato, com o governo do Estado no âmbito do setor de saúde. Nesta semana, o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, mobilizou esforços para amenizar a situação de dificuldade enfrentada no atendimento dos hospitais Socorrões de São Luís.

“O Ricardo, que é um sujeito arrogante, uma caixa de surpresa, um dia está alegre outro triste, entendeu que o interesse do povo é maior e que a prefeitura não tem como enfrentar essa situação sozinha”, explicou Castelo.

Instigado sobre seu futuro político, João Castelo negou ao jornalista Américo Azevedo Neto que irá se aposentar. “Sou candidato a continuar na politica para ajudar aqueles que querem ajudar o Maranhão, eu não estou aposentado, estou vivinho”, brincou.

Questionado, por fim, sobre qual posicionamento irá tomar em relação à eleição para o governo do Estado em 2014, Castelo ponderou que ainda é muito cedo para qualquer decisão. “Politica é muito dinâmica e muda dependendo das pessoas envolvidas, temos que esperar um pouco mais pra avaliar o quadro. E eu não conheço terceira via; acho que até lá várias vias podem surgir”, declarou.

Um ponto interessante da entrevista foi o fato de João Castelo sequer tocar no nome do presidente da Embratur, Flávio Dino. O tucano não direcionou nenhuma crítica ao comunista. Em contrapartida, Castelo fez declarações fortes contra alguns membros do PDT e ex-aliados, como Roberto Rocha. Em relação ao prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), Castelo foi pontual, dizendo que irá fiscalizar a gestão do petecista.

Roberto Rocha

O momento mais tenso da entrevista foi quando Castelo se referiu ao ex-aliado de partido, o ex-deputado federal e vice-prefeito eleito da capital Roberto Rocha. O tucano criticou o fato da rádio de propriedade de Rocha ter feito, segundo ele, campanha ostensiva contra sua candidatura. “Ele não se comportou de forma adequada comigo, de maneira correta como deveria ser, eu tenho é pena dele”, estocou Castelo.

Em resposta enviada ao blog, o vice-prefeito eleito Roberto Rocha condenou as declarações do atual prefeito. “Castelo está movido pelo ódio. Ele não está em condição de ter pena de adversário que o derrotou nas urnas. Deve utilizar seu sentimento de condolência para si mesmo e, principalmente, para o povo de São Luís, que é humilhado nos hospitais, e chora a falta de escolas para seus filhos”, respondeu Rocha.

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