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Castelo contesta a ação do Ministério Público contra a Prefeitura de São Luís

Prefeito diz que Governo do Estado já contratou mais de R$ 1 bilhão sem licitação

Por Manoel Santos Neto (JP)

O prefeito João Castelo proferiu um contundente discurso, sexta-feira à noite, durante a convenção municipal do PSDB, ocorrida no Sesc Olho d´Água, ocasião em que contestou duramente a postura do Ministério Público Estadual.

Ele questionou o fato de o MPE ter impetrado uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra sua administração, e disse que considera estranho que o Ministério Público não se manifestou até agora diante do fato de que o Governo do Estado, em apenas dois anos e oito meses, já contratou mais de R$ 1 bilhão em obras sem licitação.

Castelo foi enfático ao afirmar que existem inúmeras situações que o Ministério Público não fiscaliza, como é o caso da utilização inadequada de aeronaves, contratadas para transportar pessoas adoentadas, mas que estão sendo utilizadas apenas para o transporte de autoridades ligadas ao Governo do Estado. “Onde está o Ministério Público, que não vê estas coisas? O Ministério Público tem que cumprir com seu dever, mas é com isenção e responsabilidade”, enfatizou Castelo.

Ele lembrou que, logo após assumir o cargo, no ano de 2009, a Prefeitura de São Luís precisou celebrar um contrato emergencial de R$ 30 milhões para recuperar as vias urbanas e, neste período, dado o inverno rigoroso, decretou estado de calamidade pública em São Luís, como também o fizeram os outros prefeitos dos municípios da Ilha.

Nesta ocasião, segundo Castelo, o Governo do Estado do Maranhão homologou todas as emergências dos municípios da Ilha, mas a única homologação que não foi feita foi a de São Luís. Além de ter sido tratado de forma desigual pelo Governo do Estado, Castelo reclamou que continua sendo alvo do “massacre promovido pela imprensa marrom”, fazendo referência aos órgãos de comunicação controlados pela família Sarney.

Ele informou que nem sequer foi citado ainda na ação movida pelo Ministério Público, e “o jornal da oligarquia já divulga todos os detalhes da ação feita por promotores contra nós. Mas estes mesmos promotores não vêem a farra dos helicópteros do Estado? Eles não vêem as obras dos hospitais do Estado que estão sendo feitas sem licitação?”, questionou João Castelo.

Ao se referir à “farra dos helicópteros”, citou um contrato de helicópteros para carregar doentes, que era inicialmente de R$ 1,2 milhão, ganhou aditivos de 200% e nunca carregou doente nenhum.

Castelo disse ainda que já saiu, pela quarta vez, uma liminar da Justiça mandando suspender a concorrência pública para a obra de construção do Hospital Central de Emergência, projetado para desafogar o atendimento nos Socorrões de São Luís. Depois de fazer referência ao tratamento que tem recebido do Governo do Estado, Castelo destacou o “valioso apoio do governo federal”.

“O governo federal me apoia porque sabe que sou um político sério e sabe que a nossa administração tem projetos. Apesar do massacre daqueles que querem destruir nosso trabalho, não vamos desanimar. Vamos é seguir em frente, mesmo com todas as dificuldades, para transformar São Luís em uma cidade decente, onde o povo possa viver cada vez melhor”, ressaltou João Castelo.

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