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Após declarações preconceituosas, Edilázio Jr. pede desculpas e diz que sempre defendeu os humildes

Sobre a discussão levantada em reunião a respeito do projeto de construção de um terminal hidroviário na área da Península da Ponta d’Areia e que provocou repercussão na mídia, o deputado federal Edilázio Júnior (PSD) esclarece:

Se por um acaso fui mal interpretado, peço desde já desculpas a todos aqueles que se sentiram ofendidos.

A bem da verdade, contudo, é necessário explicar que:

Há clara distorção em relação às declarações, quando tentam imputar a mim uma suposta postura contra os menos favorecidos de São Luís.

Eu sempre defendi os mais humildes, e prova disso foi o recente posicionamento a favor dos trabalhadores rurais e aqueles que dispõem do Benefício de Prestação Continuada (BPC) nas discussões sobre a Reforma da Previdência na Câmara Federal.

Em minha biografia e histórico de atuação parlamentar, sempre votei de forma contrária a aumento de impostos no Maranhão – que afetaram os mais humildes -, nas contas de energia elétrica, de internet, de TV por assinatura e de combustíveis, todos propostos e implantados pelo Governo.

Cabe ressaltar que meu posicionamento contrário à implantação de um terminal hidroviário naquela região, se dá pelo fato de a área possuir hoje forte vocação para o turismo. A vocação para o setor cresceu depois da construção do Espigão Costeiro, de bares e de restaurantes em toda a extensão da Península.

A região da Península, aliás, não dispõe sequer de estrutura para atender a demanda proposta, de 4 mil passageiros diários, em virtude da falta de transporte público e de logística na área.

Enfatizo que é de extrema importância a construção de um novo terminal hidroviário em São Luís com o itinerário proposto.

Por isso sugeri, na ocasião da audiência, a implantação do cais em região que já dispõe de serviço semelhante e estrutura, a exemplo do Portinho, na Praia Grande ou da Avenida Ferreira Gullar.

Até porque seria mais oneroso ao cidadão que pretende viajar para Alcântara e Baixada Maranhense, ter de se deslocar até a Península, uma vez que há um Terminal de Integração instalado na Praia Grande e que atende usuários de toda a Região Metropolitana de São Luís.

Por último, repudio as distorções criadas em torno do meu posicionamento e enfatizo que os ataques contra o meu mandato foram intensificados depois de eu ter ingressado com ações na Justiça, no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra o Governo Flávio Dino (PCdoB) por irregularidades em obras de rodovias estaduais e de má gestão de recursos públicos.

Entenda o caso

O deputado federal Edilázio Júnior deu uma declaração discriminação com relação aos pobres do Maranhão. Depois de achar absurdo uma casa na Ponta D’areia servir para atender crianças com problemas de neurodesenvolvimento, ele afirmou que um cais na Península vai atrair as classes C, D e E, e depreciar os imóveis.

O parlamentar reclamou, durante reunião ontem sobre a instalação do Terminal Portuário ligando São Luís à cidade de Alcântara, que a iniciativa não vai servir para a população da Península atracar as suas lanchas, mas sim para o povo da Baixada Maranhense se locomover.

“Vai se tornar uma alternativa para a Baixada Maranhense. Cada um poderia ser sua lancha, o seu barco, seria algo a mais para agregar a Península. Mas que, de fato, o que vai trazer, e o público que vai vim para cá, é um público que não tem nada a ver com vocês, com a gente. Mas o que vai vim para cá é o público C”, disse o deputado.

Edilázio disse categoricamente que, como morador da Península, não quer o público que ele considera como C perambulando pela sua região.

“O que vai vim para cá é uma alternativa para a Baixada Maranhense, isso eu não tenho dúvida, e quem vai perder são vocês, que pagaram caro pelo metro quadrado. Tudo que vocês vão investir vai por água abaixo porque vai haver uma depreciação dos imóveis de vocês”, afirmou o deputado.

Aguardada há mais de duas décadas pela população alcantarense, a obra vai garantir o transporte de passageiros e de cargas 24 horas por dia, para escoamento da produção, encurtando em mais de 200 quilômetros o trajeto entre São Luís e a Baixada Maranhense.

Mas, pelo visto, sofrerá resistência dos deputados que não querem o povo circulando perto de apartamentos de luxo de frente para o mar. Mas se fosse um cais para atracar os barcos e lanchas…

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