Esta semana, o senador José Sarney visitou o Amapá para avaliar a possibilidade de concorrer ou não à reeleição. Reunido com seus auxiliares, o velho oligarca teve acesso a várias pesquisas eleitorais de diversos grupos políticos. Em todas, a pré-candidatura do ex-aliado político Davi Alcolumbre (DEM/AP), que também pleiteia a vaga ao Senado, apareceria bem colocada nas intenções de voto a tal ponto que Sarney resolveu adiar o tal anúncio e voltou para o Maranhão. Ele teria pressentido que, nesse cenário, seu desejo de continuar na Câmara Alta estaria sepultado.

O desempenho de Davi tem explicação. Em parte se deve ao recall da sua boa participação nas últimas eleições municipais em Macapá, em 2012. Davi fez uma campanha de grande aceitação popular.

Em entrevista ao MZ, o democrata, que já cumpre o terceiro mandato consecutivo como deputado federal, disse que sua candidatura é um projeto político do DEM do Amapá, mas também do diretório nacional do partido. “Minha candidatura está posta e é irreversível, partidária e pessoalmente. A sua homologação vai acontecer no sábado, 28, na quadra da Escola Alexandre Vaz Tavares, no bairro do Trem”, ressaltou Davi.

Perguntado se em função de um possível acordo para apoiar a candidatura do senador Sarney haveria alguma possibilidade dele retirar a sua, Davi foi enfático: “Não. A minha candidatura vem sendo construída desde o ano passado. É uma decisão do partido local e nacional, mas também é uma decisão pessoal minha e não pretendo voltar atrás em nenhuma hipótese”, afiançou o democrata.

Nesse cenário, a possibilidade de Sarney arrancar um novo mandato no Amapá parece pouco provável. Fazendo as contas, a equação eleitoral aponta um resultado negativo para o velho oligarca, o qual terá de duelar com candidatos da sua própria base eleitoral, além dos já habituais adversários da esquerda amapaense. (Com informações do MZ Portal)