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Candidato corre risco

Editorial do JP

Talvez fosse mais gramatical dizer que a candidatura do secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, corre riscos. Os tempos são outros, a boa sorte não desata do pé de seu principal adversário, Flávio Dino, agora reconhecido nacional e internacionalmente por sua competência administrativa à frente da Embratur, e o desgaste monumental do grupo Sarney persegue Luis Fernando. Nem a governadora consegue qualquer destaque especial nas intenções de voto.

As pesquisas que colocam seu adversário acima de 50%, há pelo menos dois anos, podem, sim, estimular conspirações internas que vençam a resistência de Roseana. O presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, tornou-se o primeiro na linha sucessória, e, como sabem todos, parlamentos são formigueiros nos quais saúvas e corredeiras avaliam todas as vantagens e desvantagens antes de seguir em determinada direção. Elas, as formigas, vão pesar se vale a pena ou não a eleição indireta de Luis Fernando governador do Estado. Contando, inclusive, o desgaste eleitoral de um mandato biônico 30 anos depois da ditadura militar.

E ainda vem o principal dissidente do grupo Sarney, deputado Raimundo Cutrim, remexer na legislação e entender que as regras da eleição indireta são as mesmas da eleição direta e que, por não ter se desincompatibilizado do cargo de secretário, Luis Fernando poderia estar inelegível.

Lobos e abutres já rondam o Palácio. Em política não há como fugir de conspirações e Luis Fernando não está imune a elas. Parece nó górdio. A aliança com o PT, que poderia garantir o indispensável apoio de Lula e Dilma Rousseff, mais que uma incógnita, invade já o terreno das improbabilidades. Para aumentar o perigo que corre Luis Fernando, as alianças do PDT e do PSDB com Flávio Dino já são tidas como inevitáveis. Além disso, nos principais colégios eletivos do Estado, o povo se revela cada vez mais disposto a arrancar os Sarney do poder. Em São Luís nem se fala e tudo indica que 2014 será um ano de reconstrução e grandes obras na capital maranhense. Para mais sorte de Flávio Dino, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior também não apoia o candidato do governo.

Como se não bastasse, todos os presidenciáveis, até agora – Eduardo Campos, Aécio Neves, Dilma Rousseff -, têm revelado preferência pelo palanque de Flávio Dino no Maranhão.

Como diria FHC, “assim não pode, assim não dá”.

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