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Buzina ‘assassina’

Divulgação

Há algum tempo, um cidadão (se é que se pode chamar um sujeito desses de cidadão) atormenta os ouvidos de torcedores que ocupam o setor de cadeiras (tribuna de honra e ‘adjacências’) do estádio Castelão. Com uma buzina de carreta de alta potência, esse ‘cidadão’, que é torcedor do Sampaio Corrêa, extrapola o seu direito de torcedor e promove, durante 90 minutos de jogo, um buzinaço ensurdecedor e prejudicial aos tímpanos de qualquer ser humano normal.

No jogo da última terça-feira, entre Sampaio e Socorrense, esse elemento extrapolou todos os limites de tolerância e abusou de ‘soar’ a sua buzina de carreta, provocando um enorme mal estar em meio aos torcedores que ocupavam a tribuna de honra e o setor de cadeiras das imediações. O barulho foi tanto, que despertou a atenção de policiais militares presentes ao estádio. No estrito cumprimento do dever, os PMs se dirigiram até o torcedor para impedi-lo de continuar perturbando o ambiente com aquele barulho infernal. No entanto, saíram de lá desmoralizados, porque o ‘cidadão’ inconveniente continuou a atormentar aquele setor do estádio com sua ‘buzina assassina’, como já estava sendo chamada por alguns incomodados.

O fato despertou, inclusive, a atenção de emissoras de rádio que faziam a transmissão do jogo. Mas as opiniões se dividiram. Na Mirante, por exemplo, enquanto o comentarista Herbeth Fontenele apoiava a ação da polícia e condenava a atitude abusiva do torcedor inconveniente, o repórter de pista da emissora o defendia, afirmando que era um direito do torcedor.

Errado. O direito de qualquer um termina quando começa o direito do outro. E esse direito ‘do outro’ começa exatamente quando o torcedor se sente incomodado e prejudicado na sua audição por um barulho que pode até lhe causar um problema de audição.

Na Copa do Mundo da África do Sul, a utilização das barulhentas ‘vuvuzelas’ provocou muita polêmica, a ponto de serem proibidas em competições posteriores. A ‘buzina assassina’ do torcedor inconveniente produz um barulho na mesma intensidade, com a complacência da Secretaria de Esportes, da presidência do Sampaio e da presidência da Federação Maranhense de Futebol.

Ontem, por sinal, o Jornal Pequeno procurou o presidente da FMF, Antônio Américo, que garantiu tomar providências para evitar o abuso. O mesmo devem fazer o secretário Márcio Jardim, da Sedel, e o presidente do Sampaio, Sérgio Frota, que admitiu, ao final do jogo de ontem, que essa barulheira infernal já o incomoda há bastante tempo. (Jornal Pequeno)

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