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Brandão recebe ministro Paulo Alvim um dia antes do lançamento do primeiro foguete privado em Alcântara

O Maranhão está a um dia de entrar para a história da exploração aeroespacial brasileira. Nesta terça-feira (20), o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realiza pela primeira vez a decolagem de um foguete com operação comercial, o foguete HANBIT-TLV, desenvolvido pela startup sul-coreana Innospace, especializada em veículos lançadores de satélites.

A operação inédita foi batizada de Astrolábio e contará com os trabalhos da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O foguete levará uma carga útil, chamada de SISNAV (Sistema de Navegação Inercial), experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) da Força Aérea Brasileira, dentro do projeto Sistema de Navegação e Controle (SISNAC). A tecnologia fará parte do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM).

Para alinhar detalhes sobre o lançamento do HANBIT-TLV e a criação de políticas públicas voltadas à geração de emprego e renda, a partir de operações na Base de Alcântara, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, recebeu nesta segunda-feira (19), no Palácio dos Leões, em São Luís, a visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo César Alvim, e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura.

De acordo com o ministro Paulo César Alvim, a intenção do governo federal é apoiar o Maranhão na instalação de um centro de capacitação e um centro tecnológico, voltados para preparar mão de obra local para as próximas operações espaciais realizadas a partir da Base de Alcântara.

“São novos e bons postos de trabalho, geração de nota fiscal local e uma possibilidade de expandir e construir aqui no estado um ecossistema aeroespacial de suporte ao CLA”, sublinhou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Mão de obra maranhense no setor aeroespacial

O governador Carlos Brandão explicou que o centro de capacitação deverá contar com o apoio técnico de várias instituições científicas, a exemplo do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) e de universidades públicas.

“Isso é um marco na história. O Maranhão entrando na fase aeroespacial mundial. Com certeza isso vai trazer um grande desenvolvimento, nós vamos ter aqui a oportunidade de geração de milhares de empregos. Em um primeiro teremos um centro de capacitação e, em seguida, um centro tecnológico. Vamos montar um grande centro para que a gente possa capacitar os nossos jovens e entrar nesse mercado de trabalho”, pontuou o governador.

Inaugurado no dia 1º de março de 1983, o CLA nunca havia realizado uma operação espacial de uma empresa privada. O foguete da Innospace fará um voo suborbital, utilizando um novo motor de propulsão híbrida. A meta da empresa sul-coreana é realizar lançamentos mais complexos a partir de Alcântara, até colocar satélites em órbita.

“A gente acredita que é um ponto de inflexão. A partir de agora São Luís, Alcântara e o Maranhão entram no mapa espacial do planeta”, avaliou o ministro Paulo César Alvim.

Uma empresa canadense também planeja fazer lançamentos a partir de Alcântara em meados de 2023 e empresas de outros países já estão em negociação para novas decolagens privadas.

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