“Braide dificilmente irá perder, o partido vai apoiá-lo sob todos os aspectos”, diz Kassab
O Estadão – A senadora Eliziane Gama abriu dissidência no PSD e, em vez de fazer campanha por seu correligionário Eduardo Braide na reeleição para a prefeitura de São Luís, declarou apoio ao deputado Duarte Júnior (PSB), que concorrerá com aval do atual governador, Carlos Brandão (PSB), e do ex-governador Flávio Dino (PSB), embora este não possa se envolver diretamente no pleito este ano porque estará no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar da divisão, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirma que não há crise na relação com a parlamentar.
“Isso ficou bem resolvido. A Eliziane veio para o partido nessa aliança com o governador e Dino. Isso é entendido com muita naturalidade, e ela é uma grande senadora. O prefeito Braide está bem posicionado e dificilmente irá perder. O partido vai apoiá-lo sob todos os aspectos: político e financeiro. Temos confiança na vitória”, afirmou Gilberto Kassab à Coluna do Estadão.
A dissidência também não causa constrangimento a Eliziane. De olho no apoio do governador Carlos Brandão (PSB), do ministro Flávio Dino (PSB) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ela já levou o tema a público. Recentemente postou foto nas redes sociais ao lado de Brandão e Duarte Júnior com a seguinte mensagem: “Nosso campo democrático progressista apresenta um projeto para São Luís com o competente Duarte Jr. Ele tem as melhores condições de construir uma São Luís mais humana, próspera e moderna. Em 2024 vamos junto com o nosso grupo apoiar Duarte Jr para prefeito de São Luís.”
“Quando me filei ao PSD, falei para o Kassab que seguiria nosso grupo político. Fizemos o entendimento que o prefeito Braide teria autonomia para se candidatar, não tem nenhum problema eu me conduzir dessa maneira. Isso já estava acordado”, disse a parlamentar, à Coluna.
Eliziane Gama se filiou ao PSD em janeiro de 2023, quando já exercia o mandato de senadora. Ela foi eleita em 2018, na chapa liderada por Flávio Dino, então filiado ao PCdoB. O PT do presidente Lula também fazia parte da sua coligação.
Agora, como mostrou a Coluna, ela planeja disputar a reeleição ao Senado em 2026, numa chapa com Brandão disputando a outra vaga de senador e com o vice-governador, Felipe Camarão (PT), na disputa ao comando estadual. Mas, o senador Wewerton Rocha (PDT) também pleiteia o apoio do Planalto e quer conquistar o eleitorado de Dino.
Dino ficou neutralizado politicamente pelo cargo, o que é natural, e não credenciou ninguém para falar por ele. Caberá às lideranças políticas do Estado preencherem essas lacunas. Claro que quem tem sintonia com as pautas terá mais naturalidade nesse processo”, afirmou o senador Weverton Rocha à Coluna do Estadão.
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