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Bolsonaro se contradiz sobre Base de Alcântara

Vontade de ampliar a cooperação e o comércio bilateral. Críticas ao socialismo e uma intenção conjunta de encontrar uma solução definitiva para a crise na Venezuela. Esses foram os principais pontos do pronunciamento feito à imprensa pelos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington nesta terça-feira (19). Ao longo das últimas horas, a Lupa acompanhou de perto declarações dadas por ambos em decorrência da realização desse encontro bilateral. Confira, a seguir, o resultado das checagens:

“Na vertente da defesa e da cooperação espacial, assinamos o acordo de salvaguardas tecnológicas, o que viabilizará o Centro de Lançamento de Alcântara”
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em pronunciamento feito em conjunto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 19 de março de 2019

CONTRADITÓRIO

Embora agora defenda o lançamento comercial de satélites americanos na base de Alcântara, no Maranhão, em 2001, quando era deputado federal, Bolsonaro votou contra acordo semelhante.

Em 31 de outubro daquele ano, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara analisou um relatório do deputado Waldir Pires. O texto defendia a aprovação de um entendimento entre os dois países para uso da base. Bolsonaro foi o único parlamentar a se posicionar contra o acordo. “Louvo a competência do Deputado Waldir Pires, mas por outras razões que, no momento, preservo-me de citar, voto contrariamente ao projeto”, disse, na ocasião.

No mês anterior, Bolsonaro também havia criticado a ideia em discurso realizado no plenário da Casa. “O senhor Geraldo Quintão [ministro da Defesa na época] sustentou o tempo todo a posição, própria do seu governo e do governo americano, de que deveríamos abrir mão de parte da nossa soberania para ganharmos alguns milhões de dólares por ano, não alugando o Centro de Lançamento de Alcântara, mas, na verdade, alienando-o.” Ao finalizar, citou uma frase do ex-presidente americano George Washington: “Não pode haver maior erro do que esperar favores reais de uma nação a outra.”

Procurada, a assessoria de Bolsonaro informou que o presidente não comentaria a checagem. Agência Lupa

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