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Bolsonaro diz que não vai convidar Maduro e Cuba para cerimônia de posse

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou neste domingo, 16, que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não serão convidados para a sua posse na Presidência da República por serem ditadores. Bolsonaro deu entrevista quando saiu de casa para ir ao banco e a encerrou quando foi questionado sobre Fabrício Queiroz, o assessor de Flávio Bolsonaro, investigado pelo Ministério Público em um esquema de “mensalinho” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta bancária de 2016 a 2017.

“Ele (Maduro) com certeza não vai receber (um convite para a posse). Nem ele, nem o ditador que substituiu Fidel Castro… Fidel Castro, não, Raúl Castro”, disse Bolsonaro, em rápida entrevista concedida ao parar em um quiosque, na Praia da Barra, na zona oeste, para tomar água de coco – pouco antes ele havia ido ao banco. Ao ser questionado sobre as razões, o presidente respondeu: “Porque é ditadura, não podemos admitir ditadura. O povo lá não tem liberdade.”

Antes de Bolsonaro, o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, havia afirmado que Maduro não havia sido convidado para a posse em 1.º de janeiro, em Brasília. Na opinião de Araújo, “não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira”. A declaração foi dada em sua conta no Twitter. “Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela”, escreveu.

Bolsonaro voltou a questionar o programa Mais Médicos e disse novamente, sem apresentar provas, que muitos profissionais cubanos do programa eram agentes infiltrados no Brasil. Também afirmou que eles trabalhavam como “escravos”.

O acordo com Cuba para o fornecimento de mão de obra para o Mais Médicos previa o pagamento de R$ 11,5 mil, dos quais 70% ficavam com o governo cubano e 30% (R$3,45 mil) com os médicos daquele país.

“Os cubanos foram embora por quê?”, questionou, se referindo aos médicos. “Porque sabiam que eu ia descobrir que grande parte deles, ou parte deles, era de agentes e militares. E não podemos admitir o trabalho escravo aqui no Brasil com a máscara de trabalho humanitário.”

Sobre a boa aprovação da população, Bolsonaro afirmou que “isso reflete com certeza o bom ministério escolhido”. Segundo ele, a escolha dos ministros não seguiu um critério político, mas sim técnico. “Isso dá uma esperança para o povo.” / COLABOROU ANDRÉ ÍTALO ROCHA. Estadão

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