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Bolsonaro diz que Flávio Dino é “comunista gordo”; Presidente pode ser enquadrado em crime de injúria e ódio

O presidente Jair Bolsonaro se referiu, de forma preconceituosa, ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), como “comunista gordo“, em live nas redes sociais nesta 5ª feira (20.mai.2021). Na transmissão ao vivo, o chefe do Executivo disse que o governador defendeu anteriormente o uso da cloroquina, medicamento sem eficácia contra a covid-19.

“Vi o vídeo que o senador lá de Rondônia Marcos Rogério colocou, onde vários governadores entre eles o próprio filho do Renan [Calheiros]; o outro filho do Jader [Barbalho], do Pará – o do Renan é de Alagoas; o comunistão, o comunista gordo – só no Brasil, né –, o comunista gordo Flávio Dino falou da cloroquina [sic]”, disse.

“Não quer dizer que os gordos aqui sejam de esquerda não, tá? Estou vendo uns barrigudos aqui, não é de esquerda, não“, acrescentou se dirigindo aos presentes que acompanhavam a gravação da live, entre eles o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

A gordofobia é um preconceito, mas que não está de forma expressa na lei, então, se enquadraria em injúria, por exemplo, assim como  pode ser enquadrado em crime de ódio.

Nesta 5ª feira, o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) exibiu um vídeo na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid em que governadores falam de suas orientações para o uso de cloroquina e hidroxicloroquina. Na gravação, aparecem os governadores Helder Barbalho (MDB-PA), Flávio Dino e Wellington Dias (PT-PI), que não se posicionam explicitamente contra os medicamentos.

Senadores alegaram que o vídeo reúne imagens feitas ainda no início da pandemia. Wellington Dias e Dino também reagiram e se manifestaram nas redes sociais. O governador do Maranhão afirmou que o estado “tem a menor taxa de mortalidade por coronavírus do Brasil” por não seguir “fake news e loucuras”. Já Dias negou que tenha recomendado o uso do medicamento. O remédio é assunto recorrente na CPI, que investiga ações e omissões do governo durante a crise sanitária.

MARANHÃO
Na live desta 5ª feira, Bolsonaro disse que o Maranhão é o “2º Estado mais pobre do Brasil” e que isso se deve a “coisas do passado e do presente“. Ele atribui os motivos do presente à gestão de Flávio Dino. Como exemplo, o chefe do Executivo citou a intenção do governo de federalizar uma rodovia que passa pelo Estado maranhense e que Dino seria contrário à ideia. “Parece que o governador não está interessado nisso, ele quer continuar deixando o povo em uma situação complicada como vive aqui“, disse.

O chefe do Executivo fez sua live de Imperatriz. Poder 360

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