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Até no Ligue Táxi já funciona

Por Renato Dionísio*

Quem necessitou dos serviços policiais via contato telefônico, o famoso 190, em sua quase totalidade cultiva um sentimento se não de frustação, mas, pelo menos, de desapontamento. Por todos os santos e querubins, desejo que você jamais precise executar esta ligação, entretanto como somos possuidores do direito a proteção e, como cabe ao estado esta garantia, nada custa lutar para melhorar o sistema.

Quando o cidadão liga para o- 190,- fica rezando para ser atendido e socorrido com urgência. Do outro lado da linha, ou são poucos os atendentes ou a falta de compromisso impera, de quase sempre tão demorado atendimento. Quando aliviado o reclamante ouve o atendente, é submetido a um rigoroso interrogatório, tempo aproveitado pelo meliante. O mais revoltante é quando terminada a entrevista o telefonista informa que vai retornar a ligação. Afinal, existe a possibilidade do trote.

Estivesse você nesta situação como se sentiria? Como reagiria? Enquanto o inquérito é concluído, se isto ocorrer, “pois o atendente que sempre está de bom humor”, pode dar por encerrada a conversa; atitude, alias, de total agrado do bandido. Existem culpados ou apenas equívocos e necessidade de melhorias no serviço ou ambas as coisas? É melhor não responder de afogadilho.

Penso que nossa gloriosa PM-MA, poderia disponibilizar um serviço fidelizado de informantes, onde previamente já constasse o endereço, identidade, IMEI, telefone, e tudo mais necessário para a garantia da denuncia e à pronta ação policial. Ora, nobre comandante, este sistema já existe em lojas, bancos, cartões de crédito e pasme o SR: até no ligue taxi.

Claro que apenas assumirão este fazer, os desejosos em contribuir. Os que entenderem ser a segurança bem de todos. Não me venham os pudicos com argumentos do tipo, isto é a institucionalização do dedurismo e da entregação. É não companheiro! Basta que você entenda que a segurança por ser pública, tem embutida neste conceito a mais ampla participação do povo na sua formulação, execução e fiscalização. É preciso vê-la como animal a ser domado e não como bicho papão.

Poeta, compositor e produtor cultural

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