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Após visita de Bolsonaro ao MA, deputado diz que ações são “remédio da lei contra disparates” do presidente

Presidente do PCdoB no Maranhão, o deputado federal licenciado Márcio Jerry afirmou no fim desta segunda-feira (24) que as ações protocoladas contra Jair Bolsonaro (sem partido), após mais uma polêmica passagem do mandatário pelo estado, são um “remédio da lei contra os disparates e o festival de bestialidades” promovidas pelo presidente durante a pandemia da Covid-19.

Representaçao Bolsonaro – MPF – 24.05.2021

Com apoio do Comitê Central do PCdoB, Márcio Jerry protocolou junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão e ao Ministério Público Federal (MPF) duas representações contra o ex-capitão do Exército. Na primeira, o deputado acusa Bolsonaro de promover propaganda antecipada negativa, uso de dinheiro público para fazer proselitismo político e projetar seu próprio nome à reeleição. Na peça apresentada ao MPF, Jerry acusa o presidente de improbidade administrativa e crime contra a saúde pública.

“Bolsonaro continua se comportando como aliado do coronavírus, quando deveria garantir ações para proteger a população. Bolsonaro, que no Equador aparece de máscara, que promove aglomerações, desestimula o uso de máscaras, não organiza nenhuma medida com prefeitos e governadores e até dispensa a oferta de vacinas. Pela longa cultura miliciana, acha que como presidente da República pode  adotar comportamento de miliciano”, argumentou o deputado.

Na última sexta-feira (21) o presidente fez a entrega simbólica de títulos de terra em Açailândia e aproveitou para fazer discurso político-partidário, com ataques ao governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB), ao relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como nos demais eventos públicos que tem participado, o mandatário promoveu tumulto e aglomeração, desfilando sem máscara entre correligionários, a despeito dos 450 mil mortos pela Covid-19 e da confirmação de casos da Covid-19 com novas variantes no país. Como repercussão da visita do Chefe de Estado e os problemas criados durante sua passagem, o governo do Maranhão chegou a multá-lo pela infração sanitária.

No último domingo, no entanto, Bolsonaro voltou a repetir as mesmas cenas dantescas, desta vez no Rio de Janeiro. Sem máscara, em meio a apoiadores, ele criticou medidas restritivas adotadas para conter a pandemia da Covid-19 e disse que pode tomar “todas as medidas necessárias” para garantir a liberdade da população. No carro de som, o presidente tinha ao seu lado, também sem máscaras, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas e parlamentares da base, como os deputados Carlos Jordy (PSL-RJ) e Helio Lopes (PSL-RJ).

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