O vice-líder do governo Roseana na Assembleia Legislativa, deputado Magno Bacelar (PV), soltou uma pérola quando tentava defender na tribuna da Casa o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que segundo denúncia do jornal Folha de São Paulo, utilizou ao menos duas vezes helicóptero da Polícia Militar do Estado para passear com a família e amigos durante finais de semana na ilha de Curupu. (reveja aqui)

Bacelar disse que Sarney tem todo direito de usufruir de uma aeronave do Estado, uma vez que o senador José Sarney, para ele, “não é uma pessoa qualquer, não é um Zé Reinaldo da vida”. Pois é, um cidadão que deixa uma pessoa com traumatismo craniano e clavícula quebrada em segundo plano para primeiro ter seus caprichos saciados, realmente não é uma pessoa qualquer.

O deputado do PV, ao responder aos ataques do líder da oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB), que repercutiu as denúncias publicadas pela “Folha de S. Paulo” na Casa, classificou de “coisa pequena” o fato. “Vamos observar que são autoridades. Na conjuntura atual quem governa o Maranhão? Roseana Sarney. Quem é o Presidente do Congresso Nacional? José Sarney. Coincidência ou não, é pai e filha”, disse Magno Bacelar.

Não é por menos Magno, coincidência ou não, que o Maranhão é chamado de Sarneylândia. Mas o pior de tudo foi a pérola disparada pelo parlamentar sarneysista na tentativa de explicar a Marcelo Tavares o uso do helicóptero por Sarney. “V. Ex.ª queria que o Presidente [Sarney] fosse andar em jumento? V. Ex.ª queria o quê? Enfrentar um engarrafamento. Esse helicóptero, é claro, tem que servir os doentes, mas tem que servir as autoridades”, indagou.

Magno deixa claro que o helicóptero adquirido por R$ 16,5 milhões tem como prioridade levar autoridades para passear, em detrimento de qualquer maranhense mais necessitado que esteja precisando de um atendimento médico emergencial. Se o presidente do Senado quer uma aeronave para fazer o seu translado e de sua família em viagens lúdicas nos finais de semana que adquira um para uso particular. Dinheiro para comprá-lo não vai faltar.