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Anúncio de Tasso como vice de Simone Tebet trava com impasse entre PSDB e MDB no RS

Último passo antes do PSDB e MDB selarem o acordo na eleição presidencial, a articulação entre os dois partidos no Rio Grande do Sul travou e os tucanos estão segurando o anúncio do senador Tasso Jereissati (CE) como vice na chapa presidencial da senadora Simone Tebet (MS). Simone está sendo pressionada a entrar em cena e ir a Porto Alegre para solucionar o impasse.

O primeiro movimento esperado é convencer o ex-senador Pedro Simon, decano do MDB, a dar uma declaração de apoio ao ex-governador Eduardo Leite, o que abriria caminho para a desistência do deputado estadual Gabriel Souza, pré-candidato do MDB ao Palácio Piratini.

No fim da tarde de ontem, o MDB gaúcho divulgou nas redes sociais uma postagem na qual relatou que o PSDB local formalizou o pedido de apoio da sigla para Leite. Houve reunião em Porto Alegre com dirigentes das duas siglas. No texto, porém, o diretório local do MDB frisou que o partido lançou candidatura própria nas últimas dez eleições, e venceu quatro delas.

Gerações
Há no Rio Grande do Sul um choque de gerações no MDB. Os “cabeças brancas” do partido já sinalizaram que aceitam apoiar Leite e estão envolvidos na pré-campanha de Simone Tebet, mas resistem em pressionar Souza com receio de rachar o partido e se indispor com a militância.

O partido hoje está à frente da prefeitura de Porto Alegre.

Os “cabeças pretas” do MDB gaúcho são liderados por Souza, que tem 38 anos e comanda o diretório estadual após vencer o deputado da velha guarda Alceu Moreira (RS) em uma disputa interna.

Com as tratativas travadas, Leite afirmou em entrevista ao jornal O Globo que o impasse “ameaça” o apoio do PSDB a Simone Tebet. “Não se trata apenas de uma contrapartida por um apoio político. Trata-se de uma demonstração clara de um entendimento num projeto nacional”, disse o ex-governador.

Presença
Aliados de Simone Tebet no MDB gaúcho e tucanos cobram que a senadora assuma pessoalmente a articulação e viaje a Porto Alegre para encontrar representantes das duas alas do partido, mas ela resiste. Por ora, a pré-candidata tem feito apenas gestos à distância.

“A política regional tem seu tempo, e ele vai mostrar que é muito importante essa junção do PSDB com o MDB. Lá (no RS) em um processo diferente do passado, não são apenas duas grandes forças políticas competindo, mas quatro. Se duas delas não se unirem, isso fragiliza ambas. Confio nas grandes lideranças do MDB, e faço aqui uma referência especial ao meu querido amigo e irmão Pedro Simon, que sempre norteou os meus passos”, disse a pré-candidata ontem após um evento em Brasília.

Simon, porém, resiste em fazer uma declaração pública a Leite, embora seja um entusiasta da senadora. Segundo pessoas próximas, o ex-senador teme se indispor com os emedebistas e espera que Gabriel Souza tome a iniciativa e aceite ser vice na chapa de Leite.

Em outra frente, a retaliação do União Brasil ao PSDB no plano nacional ameaça deixar Leite também sem o apoio do partido, que é detentor do maior tempo de TV por ter a maior bancada. (Estadão)

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