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Algemas e… algemas…

Por JM Cunha Santos

Existem hoje empresas que vendem algemas com parcelamento de até 10 vezes sem juros, outras que vendem com travas e sem travas, próprias para o calcanhar ou para os dedos. Mas com a estrondosa vitória de Sarney no Troféu Algemas de Ouro o preço dessas pulseiras vai subir. É a lei da oferta e da procura.

Pior para a polícia do Maranhão que, tendo São Luís entre as cidades mais violentas do mundo, vai gastar mais com esses dispositivos mecânicos que com combustível, apesar da distância da Ilha de Curupu.

“Justiça no Brasil é só para preto e para pobre”, diz o adágio popular. Pois é, os pequenos ladrões que pulam quintais, batem carteiras, invadem apartamentos para roubar televisores e DVDs, usam algemas de aço e os senhores da corrupção usam algemas de prata, ouro e bronze. E nenhum deles foi exposto em local público para contemplação do povo, para que a mídia pudesse observar, gravar e divulgar o evento. Afinal, são apenas suspeitos.

Com um histórico das Arábias, apesar disso estão banalizando as algemas, pois tem gente que não merece nem algema de couro, quanto mais de prata ou de ouro. Pela legislação, só em caso de resistência ou tentativa de fuga as algemas devem ser utilizadas, mas o fato é que esses caras não querem fugir de ninguém, nós é que precisamos dar um jeito de fugir deles.

Para quem gosta de absurdos legais, chupa essa manga: O Código Penal Militar, de 1969, proíbe o uso de algemas em presos especiais, tais como ministros de estado, governadores, parlamentares, magistrados, oficiais das forças armadas e portadores de diploma de curso superior. Portanto, pára de ser ladrão burro e vira autoridade, imbecil.

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