Por Frederico Luiz – Começou neste fim de semana, o processo de expulsão de agricultores e produtores rurais de São João do Caru-MA (496km a NE de Imperatriz, 359km a SW de São Luís e 96km a W de Bom Jardim).

As primeiras imagens são dramáticas. O processo de expulsão é classificado na justiça e em órgãos ligado ao tema, Funai e Incra, como desintrusão e é executado pela Força Nacional que neste caso é comandado pelo Exército Brasileiro.

Os produtores rurais foram estimulados pelo governo federal para ocuparem as terras em São João do Caru ainda na década de 70 por meio do Grupo Executivo de Terras Araguaia-Tocantins (Getat).

Todos possuem escrituras ou títulos de posse. Passados 40 anos eles são expulsos para darem lugar a Terra Indígena (TI) Awá-Guajá.

Promessa do Incra

O Incra promete o que jamais vai entregar: novas terras. Processo semelhante aconteceu na Gleba Suiá Missú (1.051km de Cuiabá-MT) em dezembro de 2012 no Mato Grosso.

Com uma diferença. Naquele caso, a grande maioria dos políticos, da mídia tradicional e das mídias sociais tentaram uma solução negociada para o caso. No Maranhão, o deputado federal Weverton Rocha e o deputado estadual Carlinhos Amorim, ambos do PDT, estão empenhados em favor de quem é expulso de suas terras.

Os órgãos de comunicação ligados ao clã Sarney se unem aos arregimentados pelo Incra para promoverem o silêncio e taxarem os produtores de plantadores de maconha ou extratores ilegais de madeira.

O que aconteceu na Mato Grosso parece se repete no Maranhão, veja aqui. O deputado federal Weverton Rocha ainda tenta conversar hoje com o juiz do caso, José Carlos Madeira.

Produtores rurais e índios aprenderam a conviver de forma pacífica há bastante tempo. Um protege o outro. Interessa aos extratores ilegais de riquezas da Amazônia que os índios fiquem isolados pois desta forma fica mais fácil controlar suas terras para fins ilegais.

Veja as primeiras imagens da expulsão destes brasileiros: