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Achincalhados e perseguidos pela oligarquia, Castelo e Zé Reinaldo representam o autêntico anti-sarneisismo

É precipitada a estratégia de alguns setores da própria oposição de tentar vincular a candidatura do prefeito João Castelo como uma alternativa do grupo Sarney na sucessão municipal da capital. Alguns até andaram escrevendo que o tucano é o plano A do Palácio dos Leões.

Ferrenho opositor da família Sarney, o ex-governadora José Reinaldo se juntou ao prefeito João Castelo na luta contra a oligarquia

O que está havendo, nessa tentativa malograda de alguns mais radicais, é uma tentativa de tirar de Castelo o rótulo de candidato anti-Sarney na ilha rebelde, haja vista que em São Luís uma grande fatia do eleitorado está inserida neste campo. Algo que faz diferença em qualquer eleição.

Não deixa de ser verdade que Castelo, tal como muitos outros políticos que integram hoje as forças de oposição, já fez parte deste grupo político. No caso de Castelo, o seu rompimento ocorreu há 27 anos. O cenário do afastamento ocorreu durante a corrida eleitoral pelo Palácio La Ravardière, no ano de 1985.

O então candidato a prefeito Jaime Santana, com o apoio do presidente da República José Sarney, do governador Epitácio Cafeteira e do prefeito Mauro Fecury, no conhecido “Força Total”, perdeu a disputa pela Prefeitura para Gardênia Castelo.

A eleição daquele ano terminou com a vitória de Gardênia, esposa de Castelo, tendo Jaime Santana (PFL) ficado em segundo. A famigerada oligarquia Sarney sofreu uma derrota acachapante na ‘ilha rebelde’.

Rancoroso, Sarney nunca conseguiu digerir aquela derrota. A partir de então começou a travar uma guerra com Castelo, começando ainda naquele ano com a perseguição à administração da prefeita Gardênia.

Sarney promoveu todo tipo de retaliação a esposa do seu desafeto político. O estopim foi a Prefeitura em chamas.

De lá para cá, Castelo e Sarney sempre estiveram em lados opostos na política.

João Castelo ao lado do candidato a governador Jackson Lago (in memoriam) durante carreata na cidade de Caxias, em 2010

Ao assumir a Prefeitura de São Luís em 2008, Castelo é vítima de uma perseguição implacável do grupo liderado pelo senador Sarney. É acossado, por um lado, pelos veículos de comunicação da famiglia, que não lhe dão um dia de sossego, e prejudicado, por outro, pelas sabotagens à sua gestão nos diversos níveis de poderes, através, por exemplo, da não liberação de recursos nas instâncias federais bem como por meio de articulações que resultaram no embargo de várias obras.

Castelo hoje é tão agredido pelo sistema controlado pela família Sarney quanto Jackson Lago (in memoriam). A julgar por essa tese, Jackson também esteve de conluio com o clã no período em que governou o estado.

Um exemplo da atuação de Sarney e sua trupe contra Castelo: o prolongamento da Avenida Litorânea e a construção do Hospital Central de Urgência e Emergência, obras importantes para a cidade que não foram iniciadas antes pelas várias ações maldosas engendradas pela oligarquia no intuito de impedir o início. Quem não lembra o caso dos terrenos do Angelim e da Rodoviária, onde a governadora enganou o prefeito?

Vale lembrar ainda o imbróglio do R$ 73 milhões, deixados pelo ex-governador Jackson Lago em convênio legal com a Prefeitura de São Luís e sequestrados pelo governo do Estado, que acabaram inviabilizando a construção do viaduto da Forquilha e o asfaltamento da cidade no início do governo castelista.

Se Castelo realmente tivesse nos planos de Sarney, hoje São Luís seria, pelas imagens da Mirante, a melhor cidade do mundo, sem problemas, sem mazelas, sem buracos, sem engarrafamentos, ou seja, Castelo teria sido o melhor prefeito de todos os tempos de São Luís.

Pois bem, como alguém faria um acordo para ser achincalhado de manhã, de tarde, de noite, de madrugada e ter sua administração ababelada de todas as formas por ações sarneisistas?

Jackson Lago (in memoriam) caminhando em São Luís (rua Grande), ao lado das deputadas Gardênia Castelo, Graça Paz e do ex-deputado Clodomir Paz na campanha ao governo em 2010.

Quem toparia um acordo destes?

Se contasse realmente com a ajuda de Sarney, Castelo teria conseguido, com recursos do governo do Estado e do governo do federal, fazer mais por São Luís. Qual o recurso colocado pelo governo do Estado na Prefeitura de São Luís? Em vez de parceria entre entre os dois entes, o que existe é uma briga fratricida que só traz prejuízos a sociedade ludovicense. O não recebimento de pacientes do SAMU nas UPAS com certeza é uma das “ações conjuntas” que faz parte do “acordo” entre Sarney e Castelo.

Claro que não está se tentando aqui justificar muitas das falhas que ocorrem na atual administração apenas por obra e culpa do grupo Sarney. Seria de uma grande tolice brincar com a inteligência da população.

Pode até se creditar a Castelo uma série de adjetivos pejorativos, que comete erros nisto ou aquilo, governa de foram centralizada etc. – todos tem o direito de ter e emitir sua opinião crítica, muitas delas construtivas e corentes, reconhece-se -, mas tentar atribuir-lhe a condição de candidato do grupo Sarney é estupidez.

Quem fez de Castelo, assim como José Reinaldo (ou será se que o ex-governador também entrou no rolo com o sarneisismo neste pleito) os dois mais autênticos representantes do campo anti-Sarney nestas eleições é o próprio clã, com as agressões, calúnias, difamações e agressões impostas diariamente aos dois. O presidente da Embratur, Flávio Dino atualmente também é alvo da mesma campanha difamatória.

Durante os últimos quatro anos, não tem alguém que mais fez discursos contra a oligarquia e denunciou suas maracutaias/tramoias do que Castelo e Zé Reinaldo. A população sabe disso.

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