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A República da Esbórnia Maranhense

Por Marcelo Rates Quaranta

Na “era Sarney” o Maranhão não parece um Estado brasileiro, e sim uma daquelas repúblicas africanas de governo ditatorial. Aliás, não fica devendo nada e ainda supera muitas delas nos quesitos mais vergonhosos.

A começar pelo fato de que nas repúblicas ditatoriais o povo é refém dos governos (tomados por golpes), enquanto no Maranhão o povo se coloca refém porque quer, através do voto.

Em 13 anos o número de mortes naquele Estado aumentou em 460%, sendo que foram registradas 807 mortes só na região metropolitana de São Luís! O Estado possui um dos mais baixos índices de policial/habitantes (1/710) e não fez nenhum investimento na área de segurança.

A penitenciária de Pedrinhas, onde ocorreram as decapitação de presos, é a sétima mais superlotada do Brasil.

O mesmo governo que não fez nenhum investimento em segurança, pagou R$ 1,5 milhão para a Escola de Samba Beija Flor colocá-la no enredo.

O governo do mesmo Estado que possui o segundo IDH mais baixo do Brasil (26º lugar), e onde há mais gente morrendo de fome, em 2012 teve a pachorra de divulgar a lista de compras do Palácio dos Leões, e nessa lista constavam 410 tipos de comestíveis, que somavam 68,2 toneladas de comida. Entre outros mantimentos, os editais falavam em:

8,3 toneladas de carne bovina de vários tipos,

384 quilos de peru,

160 quilos de LAGOSTA FRESCA,

594 dúzias de ovos vermelhos e

3,7 TONELADAS DE CAMARÃO!!!

Nas bebidas, o governo do Estado cujo sertão é seco e as pessoas nem água LIMPA pra beber têm, também caprichou: Foram listados 64 itens, que somam 23.417 LITROS de alcoólicos e não alcoólicos. Além dos sucos , o edital falava em:

19.433 Litros de refrigerantes de várias marcas:

1.275 litros de CERVEJA,

452 garrafas de ESPUMANTES,

193 de UÍSQUE,

367 de VINHO,

82 de “VODKA SUECA” e

68 de LICOR.

Tem mais: das 193 garrafas de uísque, segundo o edital, 113 precisavam ser “importado scotch deluxe extra special 12 anos”.

Com uma péssima qualidade de vida, índices de violência estratosféricos e uma lista de mimos governamentais de fazer inveja a marajá, fica mais do que justa a comparação entre o Maranhão e as tais repúblicas ditatoriais.

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