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A reação da máfia

Tomando um cappuccino, para disfarçar o gosto acre da provável volta de Roseana Sarney ao Maranhão, no momento em que a Polícia Federal pede mais prazo para investigar os políticos envolvidos no rumoroso escândalo de corrupção da Petrobras, um repórter do JP ouviu de um conhecido:

“A máfia está reagindo, jornalista. O governo tem que ir mais devagar. Já cortou R$ 30 milhões em privilégios na saúde, cortou no Detran, cortou na Sejap, fez reaparecer os lucros da Empresa Maranhense de Administração Portuária que em apenas três meses saltaram dos míseros 100 mil reais mensais do governo Roseana para R$ 11 milhões. O governador está cortando corrupção demais, está mexendo com gente muito poderosa, acostumada a comer muito, a comer gordo. É melhor ir mais devagar”.

É aí que nascem as reações mais furiosas. Ao proteger o dinheiro do povo, direcionar os recursos públicos para recuperação e construção de escolas, estradas, para a agricultura familiar, contratação de mais policiais, bombeiros, agentes penitenciários e professores, acabar com terceirizações direcionadas e ampliar o leque de empresas atuando na saúde pública, o governador Flávio Dino assanha um verdadeiro cacho de marimbondos – aqueles que solapavam impunemente os recursos do povo do Maranhão. A reação dessa casta de privilegiados mafiosos pode ser sentida plenamente nos veículos de comunicação da família Sarney. Estão atacando, estrebuchando, insultando, perseguindo, vigiando.

E revela, agora, o Jornal Pequeno, que o governo Roseana Sarney duplicou a concessão dos benefícios fiscais a determinadas empresas, principalmente no segundo semestre de 2014, sem procedimento legal, sem registro. A burla ao fisco pode atingir R$ 500 milhões. Usaram de tudo, inclusive CPFs fraudulentos para mais esse atentado ao tesouro estadual. Na intenção clara de beneficiar seus apaniguados e criar dificuldades para o governo Flávio Dino.

Pelo que se vê, não há uma única secretaria, uma única estatal, um único órgão público onde essa máfia não atuasse para lesar o patrimônio do povo. Sentem-se, agora, sem chão, sem espaço, sem ar.

Depois dessa conversa, ao repórter não restou outra saída senão pedir outro cappuccino, este para comemorar o azar das máfias e o fim da corrupção no Maranhão.

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