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A frigideira eleitoral de 2012

Do blog do JM Cunha Santos

Não deu outra. Conforme as previsões astro(lógicas) e eso(térmicas) deste Blog o secretário de Infraestrutura, deputado Max Barros, retirou sua candidatura e já saiu anunciado apoio ao ptsarneisista Washington Oliveira, vice-governador do Maranhão.

Mentiras, desilusões e esperanças cercam essa decisão. Max Barros não deixa de ser candidato para garantir a reedição da aliança PT/PMDB. Deixa pelo desgaste eleitoral do grupo Sarney em São Luís; deixa porque lhe é inviável em todas as projeções enfrentar uma eventual candidatura de Flávio Dino e a do prefeito João Castelo; deixa porque a presidência da Assembléia é bem mais viável que a eleição para prefeito de São Luís. A grande desilusão passa a ser do deputado Bira do Pindaré que, mais uma vez, cometeu o erro de acreditar que teria o apoio de Washington e da totalidade do Partido dos Trabalhadores e não o terá, o que também foi previsto.

Reafirmo que quem melhor se movimenta neste momento em meio a esse imbróglio é o ex-prefeito Tadeu Palácio que, a despeito de alianças e da presença ou não de Flávio Dino na disputa, prepara o lançamento de sua candidatura para esta quinta-feira. Ele sabe que o mais provável destino de uma candidatura do vice-governador, queimado pelo pragmatismo lulista que o aproximou de Sarney, é a derrocada eleitoral. Torna-se, portanto, Tadeu Palácio, donatário da esperança de que o Governo do Estado venha a apoiar sua candidatura, já que Roseana não conseguiu arrastar Flávio Dino para as hostes governistas.

Entre mentiras, desilusões e esperanças, o que puder ser feito pelo Governo para evitar o crescimento da candidatura Castelo será feito e Tadeu, até bem poucos dias secretário de turismo de Roseana Sarney, passa a ser visto como opção mais provável ou como segunda opção do governo do Estado. Afinal de contas, desde que deixou o PDT ele não mais encarna o sentimento de oposição.

Diga-se mais, que a retirada da candidatura de Max Barros, além de expor a batalha que travam as diversas facções governistas, revela também a insegurança eleitoral e política de um governo que não esperou muito tempo para se tornar o pior de nossas vidas.

Bom, mas a cozinha está a todo vapor no Maranhão. Fritaram o Max Barros, que por sua vez acendeu a lareira para o Washington Oliveira, que por sua vez está fritando o Bira do Pindaré. Os evangélicos fritaram a deputada Eliziane Gama em caudaloso café da manhã com o prefeito João Castelo que, segundo as más línguas, busca um jeito de também fritar o Edivaldo Holanda Júnior que acaba de ver seu pai, Edivaldo Holanda, sair tostado da Assembléia.

Antes de ser frito por Flávio Dino, o ex-prefeito Tadeu Palácio deu uma arrumada nos silicones e apressou o lançamento de sua candidatura. Sabe que o melhor é não brincar com fogo. Também o PSB, cuja frigideira é imensa e inoxidável, se prepara para fritar o ex-deputado Roberto Rocha a quem responsabiliza pela não eleição de José Reinaldo e, embora o Roberto tenha desembarcado aqui na geladeira da direção nacional do Partido, não está imune ao fogaréu que toma conta do Estado.

Fritar é uma arte. E para aqueles que não possuem os mesmo dotes culinários da presidente Dilma Rousseff, o ideal é que se afastem do fogão a gás. Podem não resistir a ocasionais explosões.

Em tempo: ainda tem vaga na frigideira.

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