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A descarada Caema


Por: Wagner Baldez

Todos nós temos completa consciência do grave problema que vem ocorrendo, há mais de uma década, com o fornecimento d’água em nossa cidade.

A “governadora”, por acaso, já imaginou o sacrifício que tal situação acarreta ou representa para uma dona de casa, haja vista depender unicamente da Caema para cumprir as obrigações domésticas requeridas em qualquer ambiente domiciliar, mormente por deixar de experimentar a satisfação de mantê-lo em perfeitas condições hígidas?!…

É de causar incontrolável sentimento de revolta suportar sofrimento de tal natureza, cujo reflexo incide na saúde da comunidade ludovicense.

Em vista desse implacável castigo, todo o trabalho de praxe, outrora executado na casa, modificou-se radicalmente devido à demora a cumpri-lo, tais como: lavagem de roupa; louça; asseio corporal; limpeza de banheiros e vasos sanitários; afora o consumo de água para beber, cuja qualidade nunca deixou de ser questionada! …

Já aconteceu, há algum tempo, ficar a água sem receber tratamento de acordo com os padrões estabelecidos, por falta do cloro e flúor, em razão da Caema se tornar inadimplente para com a empresa fornecedora de tais elementos químicos. A falta destes metaloides, por certo que prejudicaram a saúde dos usuários, cuja irregularidade nunca tomaram conhecimento.

A realidade é que a CAE… MA, tanto cae, como derruba os demais!

Agora, às pressas e de forma aleatória, procurando evitar uma calamidade pública, a “governadora” resolveu contratar 50 carros-pipas para o fornecimento d’água para as comunidades periféricas. A cota destinada para cada residência é de 200 litros. Aludidas providências não vão levar a resultado algum, pelo contrário, irá piorar ainda mais à situação! Qual será a fonte onde o líquido será recolhido?… Caso exista, fará jus à demanda? E os carros-pipas estarão em condições higiênicas para transportar a referida carga? Tanto a mentora do plano como seu secretário de saúde já imaginaram a probabilidade de acontecer um surto de diarreia, principalmente em crianças?!… Fatores estes que deveriam, obrigatoriamente, ser submetidos a uma análise laboratorial, a fim de evitar possíveis óbitos!

Até parece que voltamos aos tempos de Ana Jansen, quando a água era carregada em pipas nos lombos de animais e ombros de escravos.

Mediante todas essas irregularidades que acabamos de expor, nos vem a Caema com essa exploração de aumentar a tarifa d’água, sem nenhum recurso que proteja o público usuário.

É ou não esse procedimento da Caema, ainda mais nas atuais circunstâncias, uma ação um tanto quanto descarada, cínica, debochada e extemporânea?

Pela lógica, em vez de penalizar ainda mais a população com esse aumento de tarifa, o que o órgão deveria se preocupar era com a indenização das vítimas pelos prejuízos causados pela empresa durante esses longos anos.

É bem possível que, para evitar uma revolta popular, mais especificamente denominada “guerra da água”, aqui antecipada, eles serão capazes de procurar convencer o povo que o líquido fornecido por meio dos carros-pipas assemelha-se à água benta com poderes milagrosos!…

Se realmente esses mesmos elementos existem na água fornecida pelo estado, por que razão a própria “governadora” recorre à água mineral, desprezando à que tanta apologia ela faz?!

O correto é ninguém pagar a conta cobrada pela Caema, por se tratar de legítima ladroeira!!!

*Funcionário público aposentado e membro da Executiva Estadual do PSOL/MA.

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