Blog Marrapá – Desde 6h da manhã desta terça-feira (23), a comunidade do Cajueiro interdita a BR135 na altura da Vila Maranhão para protestar contra a demolição de dezesseis casas na comunidade que causou, além das perdas materiais, o desmaio de uma criança de apenas seis anos de idade, moradores precisaram socorrê-la às pressas.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), existe ameaça para derrubada de mais casas até o dia 01 de janeiro. O padre Clemir Mineiro relatou destacou o caso da família que juntou as economias (vendeu moto e saiu do emprego) para construir uma casa melhor. Agora estão sem nada. Sem emprego, sem moto e, pior, sem casa.

“Pessoal constatou que foram 16 casas derrubadas. Tem o caso muito triste dessa família que mora em casa de taipa. Quer dizer, ele investiu tudo que tinha para conseguir a casa própria, mas uma empresa simplesmente, sem mandato judicial nenhum, chegou e derrubou a casa dele”, relatou o padre.

Para os moradores, a ação foi executada por jagunços contratados pela empresa WPR. A empresa pretende construir um porto privado milionário na área que seria destinada a Reserva Extrativista do Tauá-Mirim. Numa das últimas reuniões que houve, abriu discussão inclusive sobre a possibilidade de grilagem de terra na área (Confira aqui).

Engarrafada nos dois sentidos, a BR começa a ser liberadas. Polícia Rodoviária Federal esteve no local. De acordo com informações, a situação ainda é tensa. Comunidade inconformada.