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Roseana desabafa: “Imperatriz não gosta de mim, mas eu amo Imperatriz”

Alguns políticos quando improvisam em seus discursos, patinam na lamúria, onde uma piada mal aplicada traduz – ainda que no destoque da imagem pública – a dissonância da língua ante a rapidez do raciocínio.

Na inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Imperatriz, nesta terça-feira, a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) deixou escapar essa pérola: “Imperatriz não gosta de mim, mas eu amo Imperatriz”.

A cidade que nas últimas eleições para governo do estado conferiu ao falecido ex-governador Jackson Lago mais de 70% dos votos, um percentual que nutre a idéia ilógica de Roseana.

A fala de Roseana pode ser irrelevante, porém é preocupante. Preocupa por ser passiva de uma interpretação pessoal de que seja verdade. E pior: seja algo que assessores desprovidos de qualquer postura do contra-argumento (afinal, recebe-se e paga-se pela concordância), alimentem a idéia de que não valem os esforços do seu governo em uma cidade que não retribui à altura. Continue lendo no blog do Samuel Souza.

Em cerimônia para ninguém, governadora entrega UPA

Às 10h da manhã desta terça-feira, 13, a governadora do estado, Roseana Sarney, deu por inaugurada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no final da Av. Bernardo Saião em Imperatriz. Sem foguetes ou festa, a obra foi entregue com resquícios de chuva e pouquíssimos presentes.

A placa de inauguração veio mais de dois meses antes da entrega da obra

Depois de muita espera, muitos adiamentos e muita reclamação, a obra foi finalmente entregue. Iniciada em período eleitoral e concluída desde o ano passado, a Unidade de Pronto Atendimento se encontrava desativada desde lá.

As UPA’s são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares. São integrantes do componente pré-hospitalar fixo e devem ser implantadas em locais/unidades estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência. A demora na entrega prejudicou centenas de pacientes que tinham como alternativa de atendimento apenas o Socorrão.

Na curta cerimônia realizada na manhã de hoje, Roseana desabafou. “O povo de Imperatriz pode não gostar de mim, mas eu amo essa cidade”. A governante vem acumulando desafetos. Só esse ano duas grandes greves foram deflagradas e afrontadas pela gestora.

No começo do ano, os professores do estado entraram em greve e buscaram uma negociação com o governo do estado, sem sucesso. Foram mais de 70 dias de greve. Agora, no segundo semestre do ano, foi a vez dos policiais militares. Os profissionais se uniram (contaram com a adesão da polícia civil) e protestaram contra a atual condição em que se encontram. Em ambas as situações, Roseana foi de encontro com os líderes dos movimentos e solicitava o fim da movimentação, mesmo sem atender às solicitações dos grevistas. Fonte: Agência CRS

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