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Texto do Roberto Veloso, publicado na PG do dia 10/09/23

À ESPERA DE UM MILAGRE

Por Roberto Veloso

“Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões. Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos.” (João, 5:2,3)

Segundo a tradição judaica, no Tanque de Betesda, de vez em quando, descia um anjo e agitava a água, e o primeiro que descia, depois do movimento da água, ficava curado de qualquer doença. O tanque era um verdadeiro hospital.

Esperando o milagre do mover das águas, havia um homem que lá estava há trinta e oito anos, mas, sendo paralítico, não conseguia descer ao tanque, até que chegou Jesus Cristo, travando um diálogo com o enfermo:

“Queres ser curado? Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” (João, 5:6b,7)

A atitude do enfermo não contava com o sobrenatural, com o impossível. O paralítico, igual a muitos nos dias atuais, acreditava apenas na força de um homem que pudesse levá-lo até a água.

Jesus mostra, no entanto, que o milagre está nele e não na água.

“Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.” (João,5:8,9)

Naquele tanque estava uma multidão de doentes, era um lugar de queixas, de lamúrias, de desesperança. Era um local onde predominava o egoísmo. Somente um de cada vez se curava.

Jesus Cristo ao contrário é amor, o sentimento oposto ao egoísmo. Por isso a cura proporcionada por Jesus é dirigida a todos e não a um isoladamente.

Quando Jesus age, Ele retira toda frustação. Imaginemos a situação do paralítico há trinta e oito anos esperando a oportunidade de chegar à água. Foram anos e anos de sofrimento e derrotas. Com certeza, havia muita depressão.

Jesus, para curar, não precisa de sortilégios, de tanque ou de água. O milagre de Jesus é pela palavra. Sequer houve necessidade de tocar no doente.

E a maior cura proporcionada é a espiritual. No caso, o curado foi ao templo e lá Jesus o viu, provavelmente agradecendo.

“Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.” (João, 5:14)

Pior do que a paralisia é a perda da salvação, da vida eterna para o pecado. Por isso, a preocupação de Jesus com a nossa cura espiritual.

 

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