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Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 28/05/23

DISTINÇÃO X ISONOMIA
“Ora, Israel amava mais José do que todos os seus outros filhos, porque era filho da sua velhice […]. Quando os seus irmãos viram que o pai o amava mais do que todos os outros filhos, odiaram-no e já não podiam falar com ele de forma pacífica.” (Gênesis 37.3-4)
Entre os doze filhos de Israel, mais conhecido como Jacó, havia um que recebia amor destacado e especial de seu pai: José, o décimo primeiro na ordem de nascimento, justamente porque foi concebido quando Jacó entrara na velhice. Além disso, Raquel, muito amada de Jacó e mãe de José, fora estéril durante muito tempo, o que conferiu a esse filho um nascimento sobrenatural e extraordinário. Aliás, José depois se revelaria extraordinário em todas as coisas, em caráter e em ações, porque o Espírito de Deus habitava nele.
Em contrapartida, seus irmãos o odiaram sobremaneira durante o tempo de sua mocidade, visto que Jacó não escondia dos outros filhos que amava José acima dos demais. Como consequência dessa distinção estabelecida por Jacó, os irmãos de José, possuídos de ódio e inveja, o venderam como escravo para mercadores de uma terra estranha. Em verdade, tudo o que aconteceu na família de Jacó contribuiu para a realização dos eternos propósitos do Altíssimo, pois José, tempos depois, se tornaria governador do Egito e livraria todas as famílias dos seus irmãos da ameaça da destruição, por conta de uma longa estiagem que levou fome à terra de Canaã, durante sete anos.
Não obstante, a atitude de revelar mais amor por um filho do que pelos demais causa resultados muito danosos, à medida que provoca inveja, ódio, amargura, ressentimentos, conforme observamos na passagem das Escrituras acima. Ter alguma distinção e guardá-la no coração somente para si talvez seja até mais saudável para todos, mas o certo mesmo é cultivar o amor de modo isonômico, igualitário, em relação a todos os filhos.
O Pai celeste ama a seus filhos indistintamente, pois “Deus não faz acepção de pessoas” (Deuteronômio 10.17; Atos 10.34). Desse modo, amemos como o Pai nos ama, e distribuamos amor aos nossos filhos sem medida e sem discriminação.

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