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Texto do Pr. Ivan Moutinho, publicado na PG do Jornal Pequeno do dia 03/10/21

AS MARCAS DO NOSSO CORPO
“ – Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.”  Texto áureo: Gálatas (6.1 – 18)
Indiscutível que o apóstolo Paulo escreveu aos povos da província da  Galácia,  os celtas, que viviam no norte, e igrejas na região sul: Antioquia, Icônio, Listra e Derbe, pois o seu estilo e teologia empregados afirmam claramente, sobre a salvação como  dom gratuito de Deus, e não por qualquer feito de obras de homens comuns que seguem suas próprias leis. Paulo apela para que haja o amadurecimento de uma consciência e fé cristã, firmada na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo.
Sempre haverá agitadores que negam a verdade explícita do evangelho de Cristo, que é a Graça da Salvação, e, assim, intentam em persuadir para desviar da compreensão sobre a fé salvadora,  exclusiva somente através do nosso Senhor Jesus.
Como cristãos, devemos cuidar em não sermos levados por qualquer “vento de doutrina” soprada para “desqualificar” a obra de Cristo. Mas, também, com mansidão e na autoridade da Palavra procurar restaurar aqueles irmãos  da fé que, infantilmente, foram persuadidos ao “Erro”. Deus não se deixa escarnecer (v.7).
Se formos espirituais, e não carnais, devemos ajudarmo-nos mutuamente, vigiando, primeiramente, a nós mesmos para que não sejamos tentados. Contudo, levando as cargas uns dos outros e, assim,  cumprindo a “lei de Cristo”(v.2). Essa imagem de carregar o “fardo”, ou “peso” do próximo se aplica metaforicamente ao luto. Mas, no contexto “carregar  fardos” inclui ajudar o outro cristão a lidar com os próprios pecados (v.1), ao exemplo do caráter de Jesus que nos propicia ajuda em socorro aos nossos erros. Isso é mutualidade cristã. Com certeza haveremos de prestar conta a Deus por isso.
Toda obra humana é insuficiente para alcançar a salvação. Quem semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção (v.8). É impossível ao homem salvar-se a si mesmo. “ … Quem poderá pois salvar-se?  E Jesus, … disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível (Mateus 19.25-26). Deus é Espírito, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna (v.8). Ceifar corrupção ou ceifar a vida eterna? Em que estamos semeando?
O trabalho para o reino de Deus exige esforço, não cansemos de fazer o bem (v.8). Façamos o bem a todos, principalmente aos domésticos da fé (v.10).  Paulo chama a atenção de que ele mesmo escreveu de próprios punhos com grandes letras, como uma chamada em uma manchete de jornal em letras garrafais, denota a sua grande preocupação em aprendermos que Deus não fará julgamento segundo a aparência física. Neste caso, uma circuncisão, uma ferida, ora, desnecessária, se a maior, dolorosa e vergonhosa ferida, insubstituível foi feita no corpo de Cristo em sua crucificação.
Paulo diz que em ser ou não circuncidado, não há virtude alguma, mas sim, ser nova criatura, sempre seguindo a regra de paz e misericórdia do evangelho. Finaliza com uma reclamação: Ninguém me inquiete porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus (17). Esclarece  que não se refere à marca da circuncisão, pois ele mesmo e Jesus, como judeus foram circuncidados ao oitavo dia de nascido, mas refere-se às  marcas da crucificação, pois ele agora vivia em Cristo e por Cristo. Que possamos nos apresentar, também,  com essas marcas do Senhor Jesus. Glórias a Deus, Aleluia!
Pr. Ivan Moutinho – ibboavista

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