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Deputado Cláudio Cunha diz que ‘Fila Zero’ vai ajudar a resolver problemas do ferryboat

O deputado Cláudio Cunha defende melhorias para milhares de usuários que dependem do ferryboat para fazer a travessia da Baía de São Marcos


O deputado Cláudio Cunha (PL), presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Estado, considera positivo o saldo de trabalhos realizados nestes quatro primeiros meses de seu mandato. Para ele, uma de suas proposições mais importantes até agora é o projeto de lei que prevê a criação do programa “Fila Zero”.
A ideia, segundo o deputado, é sistematizar a situação das imensas filas para embarque nos ferryboats para quem precisa deslocar-se até o Litoral e a Baixada Maranhense.
Para Cláudio Cunha, o “Fila Zero” permitirá a compra de passagem por meio de plataformas digitais como aplicativos, o que facilitará o agendamento de dia e horários para embarque e desembarque, sem a necessidade de enfrentar filas de espera, cumprindo o horário estabelecido no bilhete.O projeto, segundo ele, também pretende contribuir com o fortalecimento dos setores turístico e econômico, dando mais qualidade para o transporte aquaviário do Maranhão.
Nascido no povoado Turirana, na época município de Bacuri, hoje Apicum-Açu, Cláudio Cunha, antes de ser eleito deputado, foi prefeito do município de Apicum-Açu por dois mandatos consecutivos. Casado com Valdine de Castro Cunha, atual prefeita do município de Serrano do Maranhão, ele não esconde de ninguém sua origem humilde, como falou nesta entrevista:
Jornal Pequeno – De onde vem o deputado Cláudio Cunha?
Cláudio Cunha – Eu vim de baixo. Sou filho de um povoado, do interior do interior. Meus pais lavradores. Trabalhei muito nos serviços braçais, roça, salina. No passado, na região do litoral havia muitas salinas.
Mexi farinha. Fiz todos os trabalhos braçais que as pessoas do interior fazem. E eu tinha um grande sonho na minha vida que era ser jornalista, locutor de rádio. Vim peregrinando; trabalhei em serviço de som em Cururupu, num sistema de som de alto falante; era o Serviço de Divulgação Voz Alvorada, o chamado Sedava.
Trabalhei na Rádio Educadora, com Jota Kerly, como repórter da cidade. Fui para Caxias e aí fui parar em Imperatriz. Em Imperatriz, a minha vida aconteceu de fato, onde eu casei, e me tornei um jornalista bem conhecido na cidade.
JP -E agora como o senhor avalia estes primeiros meses de seu mandato?
Cláudio Cunha – A avaliação que faço destes quatro primeiros meses de mandato é a adaptação. Sempre fui focado naquilo que eu faço. Fui um bom jornalista, um dos melhores da região tocantina. Fui empresário e, na área empresarial, fui o terceiro maior empresário na minha categoria, a área de terceirização. Fui um bom prefeito e estou tentando, me concentrando, me esforçando, com uma boa equipe técnica, para ser um bom deputado.
JP – Quais as proposições de sua autoria mais importantes?
Cláudio Cunha – Já são mais de 38 projetos de lei que já elaboramos. Em breve, estas proposições (PLs), boa parte delas, se tornarão leis, leis extremamente interessantes.
Estou brigando muito para a melhoria do serviço de travessia por meio de ferryboats. Me preocupo muito com a situação de milhares de usuários que dependem do ferryboat para fazer a travessia do porto de Cujupe à Ponta da Espera, que liga a Ilha de São Luís ao continente
Foi por isso que propôs o Projeto Fila Zero, que se propõe a organizar, sistematizar as filas para travessia de ferryboats; sistema de telefonia, internet etc. A nossa intenção é levar benefícios aos usuários dos ferryboats e aos consumidores de todo o estado.
O Fila Zero visa sanar a situação das grandes filas para embarque nos ferryboats, causando transtornos a quem precisa deslocar-se até a Baixada e Litoral Maranhense.
Nosso objetivo é transformar aquela travessia em algo mais tranquilo, diferente do formato atual em que você chega com seu carro e tem que esperar de duas a quatro horas naquela fila absurda, sem Wi-Fi, banheiro decente, sem nenhum conforto para os usuários. O nosso projeto prevê organização, pois a fila será no sistema que vai ser criado e não presencialmente.
JP – O senhor tem um outro projeto também sobre ferryboat?
Cláudio Cunha – Sim. É o projeto Ferryboat Cargueiro, que estabelece a disponibilidade de um ferry cargueiro exclusivo para atender às demandas de transporte de caminhões com cargas pesadas que prestam serviços para os demais municípios do estado, contribuindo para o desenvolvimento econômico local de forma direta e indireta.
Nossa proposta é que terão isenção total de taxa de cobrança de travessia as cargas e caminhões que transportarem produtos de alimentação em geral, combustível, gás de cozinha, medicamentos, material de construção, produtos eletroeletrônicos, eletrodomésticos, produtos agrícolas, roupas, calçados e cargas vivas, dentre outros.
JP – O que falta para transformar o litoral num efetivo polo turístico do Estado?
Cláudio Cunha – Eu fui eleito por meus pares para presidir a Comissão de Obras e Serviços Públicos. Já fizemos grandes convocações. Tenho um olhar muito voltado para todo o Estado, mas especialmente para a região litorânea.
Estou buscando junto ao Governo do Estado, e o governador Carlos Brandão tem muito nos ajudado, com relação aofortalecimento da infraestrutura para o litoral. O litoral só vai acontecer quando de fato a infraestrutura chegar a estes pontos turísticos.
Foi contemplada agora a Praia de Araoca, localizada no município de Guimarães, no litoral norte do nosso Estado. Por meio de uma Indicação minha, e com a determinação do governador Brandão, lá será feito primeiro o asfaltamento e depois um calçadão em frente aos bares da Praia de Araoca.
JP – De que forma o Governo do Estado tem contribuído?
Cláudio Cunha – Existe de fato a determinação, a vontade do nosso governador de transformar nosso estado num grande polo de turismo. E a Praia de Araoca é uma das belezas naturais que fica no litoral norte do estado do Maranhão. Existe na Assembleia uma Indicação nossa para a construção da estrada que fará a ligação até a linda praia de Araoca.
O governador Carlos Brandão também deferiu uma solicitação nossa para a pavimentação asfáltica da rodovia MA que leva Cururupu ao porto Pindoval, um outro polo turístico. Temos que fortalecer também a infraestrutura de Cedral, Porto Rico, Apicum-Açu, Bacuri, Serrano. Tudo isso são infraestruturas que se pretende implantar até o final de meu mandato e do governador Carlos Brandão, para fortalecer mais a região do Litoral Norte, que tem praias belíssimas.
JP – Por que a telefonia continua tão ruim nesta região?
Cláudio Cunha – Critico as operadoras de telefonia móvel pela deficiência dos serviços prestados na região da Baixada Maranhense.O sinal das operadoras de telefonia móvel simplesmente não funciona na Baixada Maranhense. Encaminhei ofício pedindo providências e nada é feito. Nesta semana, inclusive, falando na tribuna, cheguei a dizer que pedi até ao Papa Francisco para que interceda por nós junto às operadoras para que instalem torre de transmissão na região.
São mais de dois milhões de habitantes de 49 municípios dessa região que sofrem com esse problema. A telefonia móvel não funciona nessa região. Não se consegue fazer uma ligação.
JP – Que questionamentos o senhor tem sobre a recente pesquisa divulgada pelo IBGE?
Cláudio Cunha- Sim. O que eu fiz foi questionar os critérios adotados pelo IBGEpara a inclusão de municípios na situação de extrema pobreza. Refiro-me aos 40 municípios maranhenses incluídos pelo IBGE entre os mais pobres do Brasil.
Matões do Norte, que vai ali para a Região dos Cocais, é fazenda de um canto a outro. Santo Amaro, Primeira Cruz, Araguanã, que também é fazenda para um lado e para outro. Com certeza, tem PIB maior do que esse que está aqui. São Bento acaba de ser contemplado com estudo para ser implantada uma Caixa Econômica Federal na cidade. Como é que pode estar nessa linha da pobreza?
JP – O que a Assembeia Legislativa pode fazer sobre esta questão?
Cláudio Cunha – Eu pedi que a Comissão de Assuntos Econômicos da nossa Assembleia convide a equipe técnica do IBGE para esclarecer sobre esses dados, uma vez que a maioria dos municípios maranhenses incluídos entre os de extrema pobreza têm recebido grandes investimentos.
Como é que os americanos usam e abusam da nossa base de Alcântara, milhões e milhões de reais investidos, e Alcântara pode estar como município mais pobre do Brasil?
Tem que ter um esclarecimento. A gente não pode passar essa vergonha nacional. Se o IBGE provar para esta Casa, provar para a sociedade maranhense, juntamente com os seus técnicos, que está tudo errado, que esses 40 municípios são pobres mesmo, aí a gente vai aceitar essa realidade?
JP – Como pode ser o combate à pobreza?
Cláudio Cunha – Já há ações de enfrentamento à pobreza no Maranhão e eu me coloquei à disposição da Frente Parlamentar que trata desse assunto, sugerindo que sejam desenvolvidas ações na área da agricultura familiar como, por exemplo, projetos de distribuição de apetrechos de pesca e de patrulhas agrícolas para as famílias de agricultores.
É por meio do fortalecimento da agricultura familiar que podemos, de fato, combater a pobreza no Maranhão. Temos que dar conhecimento técnico às famílias de agricultores para que possam ter dias melhores. Nesse sentido, quero somar com todos que integram a Frente Parlamentar de Combate à Pobreza.

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