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Literatura Militar: a voz da história, da estratégia e do patriotismo

A literatura militar vem conquistando espaço no cenário cultural brasileiro e se afirmando como patrimônio histórico e artístico. Muito além das narrativas sobre batalhas, esse gênero literário vem ganhando novos contornos, ampliando horizontes e assumindo novas formas de expressão.

Clássicos como A Arte da Guerra, de Sun Tzu; e Da Guerra, de Clausewitz, marcaram a reflexão sobre o fenômeno bélico como prática estratégica e política. Já no Brasil, Os Sertões, de Euclides da Cunha, imortalizou a Guerra de Canudos e conferiu à literatura militar um caráter sociológico, crítico e profundamente humano. Hoje, essa tradição convive com uma produção renovada e mais plural.

A NOVA VOZ DA CASERNA

Nos últimos anos, oficiais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros passaram a dar voz ao universo da caserna por meio de poesias, crônicas, contos e ensaios. Coronéis como Klinger Sobreira (MG), Roberto Menezes (SC), Moisés Menezes (RS), Rondon (MT), Mendes (PR), Júlio César (ES) e tantos outros têm aliado a farda à literatura, mostrando que a palavra também pode ser instrumento de identidade, cidadania e diálogo com a sociedade.

ACADEMIAS DE LETRAS MILITARES ESTADUAIS

Um dos marcos mais significativos dessa valorização cultural é a criação de Academias de Letras Militares em diversos estados. Minas Gerais foi pioneira, seguida por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Maranhão, Paraná, Paraíba, Rio Grande do Norte, Tocantins, Goiás, Pará e Ceará. Outras iniciativas estão em fase de formação em diferentes unidades da federação.

Essas instituições promovem congressos, encontros e publicações que aproximam o universo militar da sociedade civil. Em 2022, São Luís sediou o I Congresso Nacional das Academias de Letras Militares (Conambras), reunindo centenas de escritores militares e civis em um grande intercâmbio cultural.

E, em 2026, será a vez de João Pessoa sediar o 2º Conambras.

LIDERANÇA MARANHENSE NO MOVIMENTO NACIONAL

Atualmente, um dos principais incentivadores da criação de novas academias é o coronel veterano Carlos Furtado, da Polícia Militar do Maranhão. Idealizador, fundador e presidente da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (Amclam), ele também assumiu, desde outubro de 2024, a presidência da Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil e do Distrito Federal (Almebras).

À frente dessas instituições, o coronel Carlos Furtado vem percorrendo o país em uma verdadeira maratona cultural, recebendo reconhecimento em diversas academias como membro de honra ou correspondente, além de ser agraciado com comendas e títulos. Autor de quatro livros solo e três em coautoria, sua obra transita da poesia à prosa, explorando gêneros como poema, crônica, trova e conto.

PATRIMÔNIO CULTURAL E LEGADO

A literatura militar, em sua pluralidade, revela que a dureza da farda pode conviver com a suavidade da palavra. Por meio dela, o coronel Carlos Furtado e tantos outros escritores vêm servindo à pátria não apenas com a disciplina militar, mas também com a perpetuação de valores, a preservação da memória e a construção de um legado para as futuras gerações.

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