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Findou-se julho de 2025, graças…

SEBASTIÃO UCHOA
Advogado do escritório Uchôa & Coqueiro Advocacia, delegado de Polícia Civil aposentado.

Eita mês de tantas notícias ruins em face dos acontecidos no Brasil, no mundo e no Maranhão. Isto é, seja por mortes de seres humanos amigos, conhecidos ou não ou de conhecimento nacional, a exemplo da filha do cantor e compositor Gilberto Gil, “Preta Gil”; seja pelas ameaças de guerras bélicas fatais à humanidade, pelas disputas tarifárias e ideológicas, que não deram nem darão  tréguas às sociedades de humanos; ou ainda, pela  “partida” de um ente querido da espécie animal não humano de extrema importância para o nosso seio familiar, o também queridíssimo pet Assis, que por mais de dezessete anos fez parte do seio familiar.

No Maranhão, em especial, tivemos as “partidas” para o lar imortal das pessoas dos aguerridos seres humanos que tanto deixaram registros de belas passagens em suas atividades públicas, os nossos queridíssimos José de Ribamar de Araújo e Silva, grande militante partidário petista, mas de uma autenticidade humana ideológica inigualável, sem rastros de quaisquer acordos ou conivência com quaisquer violações de Direitos Humanos tanto no Maranhão como para o próprio Brasil. Ribamar também atuou como ex-ouvidor geral da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. E a pessoa do belíssimo professor e advogado Mário Macieira, que esteve à frente da Presidência da OAB por dois mandatos consecutivos, com grandes maestrias de sensibilidades técnica e ética profissional, sobretudo.

Leem-se e se ouvem, em demasia, tantas opiniões contra e a favor do tal tarifaço anunciado pelo atual mandatário norte-americano, Donald Trump, que, de forma até dúbia, o ex-presidente José Sarney resolvera sair em defesa do ministro Alexandre de Moraes ante uma possível aplicação de penalidade fiscal por parte daquele país ao citado ministro, tematizando o contexto com a seguinte frase: “nunca corra atrás de um doido”. Por conseguinte, seriam dois doidos (Moraes e Trump) disputando espaços políticos nos cenários nacionais e internacionais? Ou um caso típico de Simão Bacamarte, de O Alienista, de Machado de Assis, cujo desfecho conduziria à internação de ambos, e liberação de todos que de alguma forma estariam ou estejam sofrendo represálias por condutas externadas por ambos?

A crise nacional e até, na geopolítica mundial, sempre esteve instalada na História da Humanidade. Desde os primórdios, quando o homem deixou de ser caçador para viver em agregados comunais, as disputas pela sobrevivência tornaram-se mais brutais entre si. É só rememorar as tantas guerras fratricidas cometidas entre as nações que perduram até o presente novos tempos, porém, sobre outros rótulos denominativos, especialmente. Sugiro lerem “Sapiens”, de lavra do historiador israelense Yuval Noah Harari, para bem compreenderem essa assertiva.

Percebe-se, também, que, embora ameaças de confrontos bélicos extremados entre as grandes nações, mas com sensações de blefes entre si, a maior das guerras que os países têm travados entre si, correspondem aos domínios dos mercados que jazem e remontam até aos períodos mesopotâmios, concretamente. Ou seja, os jogos de disputas e crises requerem altas habilidades para se navegar em meio a tantos interesses em conflito e confrontos tanto nos mercados regionais quanto no cenário global. Nesse contexto, destaca-se o enfraquecimento de moedas, especialmente o dólar americano que se mantém firme desde à sua edição nos idos de 1789, por questão de soberania daqueles povos que se firmaram num só, a partir da união das trezes então colônias inglesas, portanto.

Na quinta-feira pela manhã, angustiado porque se tratava do último dia do mês de julho do corrente ano (31/07), no divã de diálogo introspectivo monologal, evoquei ao Pai para que o tal dia passasse rápido a fim de não receber novas más notícias, e não foi outra, ao cair da tarde, veio a notícia do falecimento do professor, advogado e ex-presidente da OAB/MA, Mário Macieira. De logo, enviei mensagem ao advogado Antônio Pedrosa, lhe registrando pêsames, haja vista saber do nível altíssimo de amizade que existira entre ambos, ante aos carinhos, admirações e respeito com os quais travavam entre si, cujas vivências tive a oportunidade de acompanhar, quando ainda estava superintende de Polícia da Capital, há mais de treze anos.

Assim, o presente registro de artigo, trata-se de uma atitude de fundo pessoal para tirar essa sensação interna de um mês que marcou o Brasil, o Maranhão e o mundo, ante uma incerteza do por vir, pois, no caminhar da vida humana por estas paragens, não se sabe de o amanhã, ainda que os estudiosos tentem prever mediante aplicações silogísticas diante das premissas do passado e presente, nas análises dos fatos históricos-sociais em todas as vertentes de organização humanitária.

É de se arrematar acerca da reflexão última acima porque o futuro, realmente, somente à força Divina e intocável pelas razões humanas, pode-se resilientemente tentar melhor o aguardar, sem muito reclamar, já que nada absolutamente acontece por acaso na vida dos mortais humanos e não humanos que por aqui fazem suas passagens evolutivas, onde em quilate de eloquência reflexiva o compositor e cantor Toquinho, em Aquarela, bem registrou que “o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Não tem tempo, nem piedade. Nem tem hora para chegar”.

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