Alma de poeta

MAURA LUZA MARTINS FRAZÃO*
Minha alma se enleva,
Flutua, levita sempre que me vem nova inspiração
Toco as estrelas, movo montanhas
Faço o que dá prazer ao coração.
Ao compor…
Me reinvento, saio de mim
Viajo aos quatro cantos do mundo
Interajo com fadas, duendes, feiticeiros
Magos, gnomos, serafins.
Ao compor…
Assumo novas identidades, outros corpos, outras realidades
Protagonizo outras histórias… enredos, outras vidas, outras verdades.
Ao compor…
Mergulho em outras dimensões
Vislumbro meus reflexos de inúmeras formas espelhados em todas as direções.
Ao compor…
Minha alma adentra novos mares
Percorro estradas… desbravo caminhos
Os olhos são meus portais
Passagens de descaminhos.
Ao compor…
Volto a tempos passados
Sou bailarina, camponesa ou dançarina
Princesa, plebeia ou escrava
Revestida de latente melanina.
Ao compor…
Revisto-me do sagrado e do profano
Sinto a magia dos mantras
Canto, decanto, encanto… amores
Entre flores, fitas, sabores e cores.
Ao compor…
Me transformo na cigana mais formosa
Leio mãos, tiro cartas, desatino
Aprisiono, cativo, encanto, enfeitiço
Sou dona do meu destino.
Ao compor…
Me transformo em uma incrível guerreira
Sou Joana D’arc, Malala ou Dandara
Coragem… define minha essência
Em minhas inspirações, exalto a resistência.
*Acadêmica da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (Amclam), titular da cadeira nº 03, patroneada pelo Cel. PMMA Marinaldo Salles Silva. Pedagoga com especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Coordenação Pedagógica. Professora da rede pública municipal em São Luís-MA e em São José de Ribamar-MA.
O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.