Evanilde Silva entrou na Vale em 2010, por seletivo a profissionais com deficiência

 A Vale abre, até 14 de maio, processo seletivo com cerca de 200 vagas para profissionais com deficiência. Há oportunidades para diversos cargos, em áreas operacionais e administrativas, incluindo o trabalho remoto. A seleção voltada para profissionais com deficiência faz parte do movimento da empresa de se tornar mais inclusiva e ampliar a diversidade. As oportunidades presenciais (em que não será possível o trabalho remoto) estão distribuídas nos estados do Pará, Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Para o Maranhão, serão 26 vagas, distribuídas entre os municípios de São Luís (21), Santa Inês (3), Bom Jesus das Selvas (1) e São Pedro d’Água Branca (1). As inscrições devem ser feitas em www.vale.com/oportunidades ou pelo perfil da empresa no LinkedIn.

No site da Vale, o candidato poderá verificar qual vaga está mais alinhada ao seu perfil, realizar a inscrição e participar do processo seletivo 100% online. A avaliação de cada candidato acontecerá durante todas as etapas do processo seletivo, conforme modelo global de recrutamento, iniciando pela análise de enquadramento.

“Estamos em uma jornada de transformação e acreditamos que a evolução da Vale exige contribuições de múltiplas perspectivas e experiências. Somos uma empresa feita por pessoas e para pessoas e atrair talentos diversos é fundamental para que possamos inovar e construir uma companhia cada vez mais sustentável”, explicou Mira Noronha, gerente global de Atração de Talentos da Vale.

Sheyla Uchoa nasceu com escoliose congênita. Ela trabalha há 9 anos na Vale do Maranhão

EVOLUINDO JUNTOS

Na Vale desde 2010, Evanilde Silva é a única chefe de trem mulher da empresa, em todo o Brasil. Ela tem um desvio na coluna chamado “cifoescoliose”, que interrompeu o desenvolvimento normal do tronco, mas, segundo ela, isso não foi empecilho para encarar o desafio e crescer profissionalmente.

“Minha contratação foi baseada numa perspectiva totalmente improvável para a época: mulher, preta e deficiente, mas alguém oportunizou mudar. Fui selecionada em uma bateria de entrevistas para o programa PCD Vale. Vim diretamente para o trem de passageiros e a área me recebeu de forma muito humana. Fui bem acolhida, treinada e desempenho uma função anteriormente de hegemonia masculina. Não tive resistência de ninguém da equipe, fui e sou tratada de forma igual, como todos. Me senti muito acolhida”, lembrou.

Em 2018, contando com incentivo da empresa, formou-se em Serviço Social. Hoje, ela é responsável pelo gerenciamento do trem, quando está em viagem, e conduz uma equipe de quase 30 pessoas. “Fiscalizo o trabalho a bordo, gerencio conflitos, posiciono o trem, autorizo as chegadas e partidas e preciso garantir a segurança de todos, cumprindo todos os protocolos não só da Vale, como também os requisitos legais que nos norteiam”, contou.

Sheyla Uchoa nasceu com escoliose congênita. Aos 24 anos, depois de participar de alguns processos seletivos para pessoas com deficiência na Vale, no Maranhão, e ter ficado no banco de talentos, conquistou a vaga desejada.

“Eu lembro exatamente o dia que entrei na empresa: dia 17 de novembro de 2011. Sempre tive uma grande admiração pela Vale, por sua história, pelo seu legado no Maranhão, no Brasil e no mundo. E isto me inspirava bastante. Desde que entrei muita coisa mudou na minha vida. A empresa investiu na minha qualificação. Foi por meio do incentivo da Vale que conquistei minha graduação em Administração de Empresas. Atuo há nove anos na área de Relações com Comunidades e sou apaixonada pelo que faço. Por isso quero atuar com o máximo de qualidade possível, ser cada vez mais uma profissional de excelência”, concluiu.