Souzinha, um dos maiores repórteres policiais da imprensa maranhense
Carismático e extrovertido, o jornalista José Raymundo Pereira de Souza, o Souzinha, conquistou ao longo da vida uma legião de amigos, com seu jeito simples e sua maneira singular de cativar as pessoas.
Prestativo e atencioso, Souzinha chegou cedo ao Jornal Pequeno, onde conviveu com o fundador do JP, o saudoso José Ribamar Bogéa, o “Zé Pequeno”, trabalhando na reportagem de Polícia deste jornal.
Souzinha teve a chance de viver a fase em que o Jornal Pequeno era grafado nas caixas de tipo e praticamente feito à mão. Na época, não havia telex nem serviços de radiofotos ou telefotos.
As notícias internacionais e de outros Estados da Federação chegavam precariamente, através de escutas radiofônicas ou por cabogramas. As fotos eram produzidas na clicheria do jornal, anunciada como a melhor da região.
Imprimiam-se os exemplares pelo antigo sistema de impressão a quente com placas de chumbo. As páginas continham um variado noticiário, geral e esportivo, mesclado com o humorismo, onde se encontravam seções como Dicionário do Povo, Língua de Trapo e Conversa no Cafezinho. Daí uma lenta revolução foi se operando nas oficinas do JP, que evoluiu desde a linotipo e chegou à era da informática.
Souzinha conviveu no JP com ‘Vavá’, Sapoti e Raimundo Marques, o Didico. Ele foi contemporâneo ainda de pessoas como Salu e Dona Lilázia.
Na área administrativa, conviveu com Praxedes, Egéria Bogéa, Carmen Marques, e a inesquecível Zelinda Figueiredo, que dirigiu o setor comercial do JP, nas décadas de 60 e 70. E, entre os linotipistas, foi contemporâneo de Sarapião, Benjamim, Oswaldo, Diquinho, o homem do serrote, também colaborador de A Peroba; Salvador de Lima, Expedito, Caio, Antônio José (‘Bonsó’); Sr. Raimundo e Paulo Ramos, também mecânicos; Ribeiro (‘Televisão’) ainda na equipe JP, Melquíades Gomes, que foi um dos diagramadores do JP.
Souzinha viveu intensamente a vida cotidiana do Jornal Pequeno junto também de pessoas como os impressores Ari, Serrão (Cabeção), José João Figueiredo, Basílio, ex-baterista da favela do Samba; e de paginadores como Boaventura, Erinaldo Figueiredo e Reinaldo Diniz, que foi um dos distribuidores do JP.
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