Faleceu às nove horas da manhã desta quinta-feira (27 de julho), vítima de complicações renais, o empresário Luís Antônio Noronha, aos 78 anos de idade. Ele estava internado há cerca de 60 dias no Hospital do Coração, em São Paulo (SP), onde se submetia a tratamento por problemas cardíacos. Noronha nasceu no dia 3 de outubro de 1927 em Parambu, Ceará, município localizado aos pés da Serra de Tianguá.
Ele deixou viúva a sua esposa Creuza, além da saudade e admiração de seus oito filhos: Júlio César, Vera, Emanuel, Socorro, Rejane, Luís Antônio Filho, Regina e Francisco.
O corpo do empresário chegou a São Luís na madrugada desta sexta-feira (28). O velório aconteceu na Brasil Pax, localizada na Rua de São João, próximo à Praça Santo Antônio. O sepultamento ocorreu às 15 horas desta sexta-feira no Cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), Alberto Nogueira, disse que Luís Noronha deverá ser lembrado pela sua história de vida, marcante para o setor empresarial ludovicense.
“Perdemos um respeitável empresário por toda a luta que empreendeu ao longo de sua vida que, de origem simples, mas determinada, refletiu-se no grupo empresarial que liderou”, assinalou Nogueira.
“Luís Noronha deixa uma grande lacuna para todos os empresários e em especial para a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, a Fiema, pois foi um homem digno, um empresário sério e arrojado que soube cativar a todos e fazer amigos, além de negócios. Foi um empreendedor importante que marcou época”, afirmou Jorge Machado Mendes, presidente da Fiema.
Ao lamentar a morte do empresário, o presidente da Associação Comercial do Maranhão, José de Ribamar Barbosa Belo, evocou parte da história de Luís Noronha, tratando-o como lutador destemido e de vida exemplar.
“Foi com enorme tristeza que recebi a notícia da morte de meu amigo e companheiro. Luís Noronha é um dos maiores exemplos de bravura, coragem e coerência que já conheci. Um empresário absolutamente ímpar na história empresarial do nosso Estado”, disse o presidente da ACM.
Consternado com o falecimento, o vice-presidente da Associação Comercial, Edilson Baldez das Neves, declarou que o Estado perde um grande empresário. “Um homem lutador, cuja determinação superou desafios e foi fundamental para o sucesso dos negócios que conduziu. A contribuição de Luís Noronha à vida empresarial é uma lição para todos nós”, frisou Edilson Baldez.

TRAJETÓRIA

Luís Noronha começou sua carreira empresarial em Pimenteiras, no interior do Piauí, nos idos de 1947, numa quitanda na feira para revender produtos comprados de pequenos agricultores, além de tecidos e medicamentos. Com o passar do tempo, Noronha estabeleceu-se em 1955 na capital, Teresina, onde montou um grande bazar de produtos variados.
Em 1964, Noronha iniciou-se no ramo de compra e venda de veículos, ainda na capital piauiense. A trajetória empresarial em São Luís começou com a inauguração da Comercial Maranhense de Veículos (Comave), em 1977.
Em 1981, concretizou o sonho de uma sede própria, com a inauguração da Comave da Areinha, que mais tarde foi transferida para a Avenida Guajajaras, São Cristóvão (Tirirical). Somente em 1993 recebeu a segunda concessão da General Motors (GM), mantendo em alta as duas: a da Areinha e a do Tirirical.