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Morre a professora Lalá, ligada à Casa de Nagô e à Igreja de São Pantaleão

A professora Lalá, Eladir Lourdes Ferreira Pereira, mestra de várias gerações, faleceu em São Luís aos 84 anos nesta terça-feira


Faleceu na manhã desta terça-feira (16) Eladir Lourdes Ferreira Pereira (Lalá), num hospital da capital maranhense, aos 84 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, em decorrência de um diabetes mellitus, do qual vinha combatendo há alguns anos. Lalá teve o corpo velado desde às 18 horas de desta terça-feira, na sala n.º 7, da Pax União do Diamante, e que será sepultado, nesta quarta-feira, às 9 horas, no Cemitério do Gavião.
Professora e diretora de colégios da rede pública estadual de ensino, como José Giorceli Costa, na Madre de Deus, e do Sotero dos Reis, na Rua São Pantaleão, e na Escola-Modelo Benedito Leite, na Praça da Igreja de Santo Antônio, foram suas atividades em prol da Educação do Maranhão durante uma vida.
Na juventude, participou, ativamente, das funções litúrgicas da Igreja São Pantaleão. Residente na Rua de Santiago, na vizinhança da Casa de Nagô, situada na Rua das Crioulas, teve presença grandiosa, igualmente, nas atividades do segundo mais antigo terreiro de matriz africana do Maranhão, de onde se afastou em 2020, em decorrência do agravamento do diabetes profundo. Lalá nasceu no dia 13 de fevereiro de 1940, no Largo de Santiago, e ali, com estudos preparatórios, formou-se professora normalista, até ingressar na universidade. Sempre dedicada e eficiente em todas suas participações.
Tácito Borralho, ator e teatrólogo, na área, escreveu sobre a presença de Lalá até na formação do Clube de Jovens Católicos de São Pantaleão, nos anos de 1960: “Sob os auspícios do padre vigário da Paróquia de São José e São Pantaleão, Pe. Cornélio de Boer, um holandês da Ordem dos Padres Lazaristas, e com a parceria das jovens e dedicadas beatas Arazinha, Antônia e Eladir (Lalá), fervorosas ajudantes do culto e da catequese, moradoras do Largo de Santiago, foi instalado no Salão Paroquial, atrás do Teatro São Pantaleão, na área contígua à igreja, um Clube de Jovens Católicos, um tanto suigêneres, organizado por moças e rapazes do bairro, mas que pouco se dedicava às funções litúrgicas. Sua finalidade e vocação eram de fato artística e social!”.
Ao lado do jornalista, poeta e prosador Herbert de Jesus Santos (Betinho), que também colaborou com muitas atividades culturais da ilustre falecida, quanto pesquisador, compositor e folclorista, além de quando membro do Clube de Jovens da Madre de Deus, no fim de 1960), José Antônio Broer (Alemão), vizinho dela, na Rua de Santiago, quando foi cientificado do desenlace, sentiu muito a perda da alterosa figura para a Cultura e para a Educação do Maranhão:
“Lalá foi grande baluarte da Madre Deus, Fonte do Bispo, Goiabal, área toda de São Pantaleão, muito considerada na Igreja de São Pantaleão, respeitada na Casa de Nagô, ligada ainda na Casa das Minas, professora e diretora de vários colégios de ensino público estadual, querida pelas gerações na rua e nas adjacentes, até por cuidar de muitas crianças que precisavam de benzimentos. Foi nossa grande amiga na rua e madrinha do nosso bloco tradicional de carnaval, em muitos folguedos, quer pela nossa vizinhança e conhecimentos de muitos anos. Foi uma enorme perda para o Maranhão, realmente, a morte da nossa querida Lalá!”

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