Saudades da Nêga Rosário
Nesta quarta-feira (dia 13), completam-se exatos 12 anos do falecimento da professora Maria do Rosário Carvalho Santos. Ela morreu aos 71 anos, vítima de uma parada cardíaca, na noite de 13 de março de 2012, no Centro Médico, no Bairro do Monte Castelo, onde estava internada.
Nêga Rosário, como era conhecida no Centro de Cultura Negra do Maranhão, lutava há mais de seis anos contra graves complicações decorrentes do Mal de Alzheimer.
Pioneira no resgate da memória oral das comunidades tradicionais do estado, Rosário Santos, juntamente com a professora e escritora Maria Raymunda Araújo, participou da equipe fundadora do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN-MA), entidade criada em setembro de 1979.
Natural de Pedreiras, onde nasceu no dia 6 de outubro de 1940, Nêga Rosário, formada em História na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), era professora aposentada da rede pública estadual e ex-servidora da Secretaria de Cultura do Estado.
Como jornalista, tive a chance de participar de uma pesquisa coordenada por Nêga Rosário, no período de janeiro de 1984 a agosto de 1986, num projeto por ela elaborado sob o título de “Terreiros de São Luís: uma interpretação sociocultural”, patrocinada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão.
Esta pesquisa resultou no livro batizado por ela de “Boboromina”. Além deste livro, publicado em 1989, Nêga Rosário publicou também “Cartilha de Medicina” e “Caminhos das Matriarcas”.
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