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Jovens negros maranhenses contribuem para a elaboração do Plano Juventude Negra Viva

O Maranhão acaba de receber a caravana participativa do plano nacional, responsável por coletar as contribuições junto à sociedade civil e o estado


O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Juventude (Seejuv), finalizou na sexta-feira (25) as escutas participativas no Maranhão para a construção do Plano Juventude Negra Viva, efetuado pelo Ministério da Igualdade Racial em parceria com a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ). Na fase maranhense, as escutas foram realizadas no Iema Vocacional Dica Ferreira, na comunidade do Polo Coroadinho, em São Luís.
Entre os dias 24 e 25 de agosto, reunindo mais de 250 participantes, o Maranhão foi o 20º estado a receber a caravana participativa do plano nacional, responsável por coletar as contribuições junto à sociedade civil e o estado. Durante os dois dias, a caravana levantou problemas e propostas de soluções que irão basear o documento, instrumento fundamental para os jovens negros dos estados brasileiros.
Por determinação do Governo Federal, em 21 de março foi criado um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), instituído pelo Decreto nº 11.444/2023, responsável pela elaboração do Plano Juventude Negra Viva, que tem como objetivo apresentar ações para reduzir a letalidade entre os jovens negros.
A secretária de Estado da Juventude, Tatiana Pereira, reforçou a pluralidade dos diversos apontamentos feitos pelos jovens negros maranhenses.
“A agenda do Plano Nacional de Juventude Negra Viva aqui no Maranhão foi um espaço muito plural. A gente conseguiu, inclusive, ouvir questões necessárias para o governo estadual conseguir dar respostas para a juventude no que tange à educação, trabalho e acesso a ferramentas sociais”, afirmou Tatiana Pereira.
A secretária adjunta da Igualdade Racial e presidente do Conselho Estadual de Igualdade Racial, Socorro Guterres, relatou a importância desse programa para um estado de maioria negra.
“Esse programa é extremamente importante para a juventude do Maranhão, que precisa ter políticas públicas que garantam possibilidades de acesso ao mercado de trabalho, à qualidade da educação, para que eles tenham sucesso nesse período que estão na escola, universidades”, afirmou Socorro Guterres.
Jean Tiemoko, chefe da Divisão da Coordenação de Políticas para Juventude Negra da Diretoria de Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial, avaliou os dois dias como positivos para a construção desse documento.
“A percepção que a gente teve foi muito positiva. Fizemos a escuta dos jovens para saber o que eles passam, quais são suas angústias, o que eles veem como proposta, o que eles veem como futuro, para fazer uma política pública de promoção de igualdade racial”, disse Jean Tiemoko.
A estudante Tawan Silva, de 17 anos, vice-líder de turma no Iema Bacelar Portela, enfatizou o quanto é importante o governo investir em mais ações para a juventude.
“É fundamental que o Governo do Estado invista em mais ações como essa, para que o negro venha a ter liberdade e posição dentro da sociedade. Porque a desigualdade racial oriunda do Brasil colonial deixa rastros até hoje”, declarou Tawan Silva.

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