Com as chuvas de março, surge a oportunidade de se prestar uma justa homenagem a um dos jornalistas mais respeitados do Maranhão: José Salim Rosas, que está completando neste domingo (dia 5) exatos 77 anos de idade.
Homem simples, talentoso, Zé Salim tem o dom quase divino de redigir um texto perfeito, insuperável. Dono de sólida cultura, autodidata, ele é um camarada cordial raro nos dias de hoje. Metódico, obstinado, exigente, mas tolerante e muito sincero.
Desde nosso primeiro encontro nasceu uma amizade que perdura até hoje. Uma autêntica amizade sem paternalismo, que foi se firmando com o correr do tempo. Eu passei a admirá-lo desde o dia em que o conheci, ainda adolescente, quando entrei pela primeira vez na redação do jornal ‘O Estado do Maranhão’.
Tarimbado, e na condição de experiente editor de jornal, Salim tinha a mania de estimular os ‘focas’ (jornalistas novatos, na fase em que começavam a tomar contato com a profissão).
Lembro que a repórter e redatora Sílvia Moscoso, amiga querida de todos nós, logo o batizou carinhosamente de “Papai”. E isto porque Salim, além de ser muito bom caráter, jamais deixou-se envolver em questões duvidosas. Devorador de livros, é um intelectual exigente, com uma perspicácia crítica extraordinária. Efetivamente, ao longo de toda a sua carreira profissional, Salim construiu sólidas amizades.
Graças a seu talento e competência, trabalhou em vários periódicos e veículos importantes (Sistema Mirante, Diários Associados – O Imparcial, Rádios Timbira, Difusora e Ribamar) e participou da equipe fundadora da Rádio Educadora do Maranhão. Grante mestre do jornalismo, Salim vive a fase de seu pleno amadurecimento profissional.
Filho de Otacília Salim Rosa e de José Ribeiro Rosa, Zé Salim nasceu no Bairro dos Remédios, próximo à Praça Goncalves Dias (Largo dos Amores), em São Luís, no dia 5 de março de 1946; era uma Terça-feira de Carnaval.
Ele teve a sorte de viver um casamento de 52 anos com Yeda Stela, sua companheira inseparável. Esta união impressionante somente foi desfeita pela morte dela em 10 de outubro de 2022. Hoje Salim se ufana de seus três filhos, três netos, um genro e duas noras.
Como homem maduro e realizado, ele deixa uma lição para as novas gerações: “Que se tenha cautela na escolha das amizades, dedicação aos estudos, cultivar bons sentimentos em relação ao próximo, cultivar os amigos e, principalmente, ter fé num Poder Superior; no meu caso Deus”, assinala Salim, este grande mestre da imprensa do Maranhão.