O jornalista e escritor Gilberto de Sousa Ferreira, mais conhecido como Gil Maranhão, morreu na manhã desta sexta-feira (10), em Brasília, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele tinha 64 anos, estava radicado há mais de 20 anos na Capital Federal e era o correspondente do Jornal Pequeno em Brasília.
Nascido em São Luís, Gilberto Ferreira formou-se em Comunicação Social na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Trabalhou em vários jornais e periódicos de São Luís e marcou época na equipe do extinto Jornal de Hoje, atuando nas mais variadas editorias e notabilizou-se no setor de Turismo.
Foi também assessor de imprensa da Fetaema, assessor da Prefeitura de Barreirinhas, na administração do então prefeito Léo Costa. Atualmente, era correspondente do Jornal Pequeno no Congresso Nacional, em Brasília, mas gostava mesmo era de estar em Rio Preto.
Com muitos amigos na área cultural rio-pretense, ele escolheu a cidade para apresentar a um seleto grupo de convidados seu primeiro livro autoral, depois de ter participado de mais de uma dezena de coletâneas.
“Escondido por trás do mar”, livro de memórias com o selo da editora Ponto Z, de Rio Preto, foi apresentado em sarau literário na Casa das Flores na noite de 23 de novembro de 2022.
O evento precedeu aos lançamentos oficiais, em Brasília, dia 7 de dezembro passado, no Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados e do Senado, onde atuava como jornalista.
O lançamento da obra também aconteceu na capital maranhense, em dezembro do ano passado, por ocasião da 15ª edição da Feira do Livro de São Luís (FeliS), promovida pela Prefeitura de São Luís, que aconteceu no Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Campus do Bacanga.
Gil Maranhão esteve de férias no Maranhão no mês de janeiro e passou vários dias na zona rural de Barreirinhas. Retornou a Brasília no dia 30 de janeiro. Na semana passada, passou mal e foi levado ao Hospital de Base, onde foi submetido a uma cirurgia e liberado para se recuperar em casa.
De acordo com a missionária Marial Elonilda, da Igreja Batista Viver em Cristo, onde o comunicador se congregava, Gil Maranhão voltou a se sentir mal nesta sexta-feira, em seu apartamento, numa pousada localizada no Plano Piloto e faleceu antes de ser levado ao hospital.
Notas de pesar e solidariedade – O Jornal Pequeno, o Governo do Maranhão e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançaram notas de pesar, tão logo foi confirmado o falecimento do jornalista. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, lamentou a morte de Gil Maranhão: “O jornalismo maranhense está de luto”, postou Juscelino em suas redes sociais.
O ministro disse que recebeu com muita tristeza a notícia do falecimento de Gil Maranhão, “correspondente do Jornal Pequeno, escritor e um amante das belezas e da cultura do nosso estado. Querido por todos, duvido que haja um político do estado que não tenha sido entrevistado por Gil Maranhão. O legado permanecerá para sempre! Que Deus o receba de braços abertos e conforte os corações dos familiares, amigos, admiradores e colegas de profissão”, escreveu Juscelino no Twitter.
A senadora Eliziane Gama postou esta mensagem em suas redes sociais: “Muito triste a notícia da morte do amigo jornalista Gil Maranhão, correspondente do Jornal Pequeno em Brasília. Gil será sempre lembrando pela dedicação, profissionalismo, generosidade e amor por suas origens maranhenses”.
Eliziane lembrou que em dezembro de 2022 recebeu a visita do jornalista em seu gabinete e ganhou dele o livro “Escondido por trás do mar”, escrito após o período em que esteve internado.
“Uma ótima leitura e expressão do legado que este grande jornalista deixa para todos nós. Que Deus conforte sua família e os amigos de profissão”, frisou a senadora. O senador Weverton Rocha (PDT) também se manifestou nas redes sociais, lamentando a morte de Gil Maranhão.