A era pós-Manoel Ribeiro na Casa do Povo
Como é sabido, o prefixo pós é empregado para indicar que algo como um período ou um acontecimento histórico ou um dado concreto qualquer se encontra encerrado, ultrapassado (por exemplo: pós-feudalismo, pós-guerra, pós-graduação, pós-escrito, pós-moderno, pós-ditadura, pós-Sarney, pós-Bolsonaro etc).
No caso da Assembleia Legislativa do Maranhão, a era Manoel Ribeiro iniciou-se em setembro de 1991, por ocasião da morte do então presidente da Alema, Nagib Haickel. Político tarimbado e veterano, Manoel Ribeiro começou como vereador. Foi presidente da Câmara Municipal de São Luís por dois mandatos consecutivos.
Mas o seu reinado maior ocorreu na Assembléia, para onde foi eleito em 1990. Logo no primeiro mandato, na eleição da Mesa Diretora, conseguiu se eleger como vice-presidente. Assumiu a presidência com o falecimento de Nagib Haickel, elegendo-se seguidamente por cinco vezes. Comandou o Legislativo estadual até janeiro de 2003 – portanto foram 12 anos ininterruptos. O ciclo de Manoel Ribeiro encerrou-se no dia 1º de fevereiro de 2003, data em que foi derrotado por Tatá Milhomem
Depois disso, numa dura disputa do então governador José Reinaldo Tavares contra o grupo Sarney, o deputado João Evangelista foi eleito presidente da Assembléia Legislativa para o biênio 2005/2007, no dia 31 de janeiro de 2005. Ele obteve 27 dos 42 votos. Seu adversário na disputa, Mauro Bezerra (PDT), obteve sete votos. Votaram nulos os deputados Helena Heluy e Domingos Dutra (ambos do PT), além de Aderson Lago (PSDB). Os deputados Max Barros, César Pires, Chico Gomes (todos do PFL), Teresa Murad (PSB) e Carlos Filho (PV) votaram em branco.
No dia 1º de fevereiro de 2007, João Evangelista elegeu-se presidente da Assembléia Legislativa, pela segunda vez e sem ter adversário. Ele obteve 34 votos dos deputados. Oitos deputados – Arnaldo Melo, Soliney Silva e Alberto Franco (PSDB), Marcos Caldas (PMN), Carlos Braide (PDT), Max Barros e Vitor Mendes (PFL) e Penaldon Moreira (PSC) – não compareceram por não concordarem com a reeleição do então presidente.
Depois de João Evangelista, Marcelo Tavares, atual presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, foi presidente da Assembleia Legislativa (2009-2011). No dia 1º de fevereiro de 2011, Arnaldo Melo foi eleito presidente da Assembleia Legislativa para o biênio 2011-2013 e reeleito para o biênio 2013-2015.
Em 2014, Humberto Coutinho retornou à Assembleia Legislativa como o deputado mais votado das oposições, com 67.982 votos, e foi eleito presidente da Alema no pleito realizado no dia 1º de fevereiro de 2015, sendo reeleito no dia 10 de março de 2016.
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