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A democracia venceu

Wagner Lago, ex-parlamentar

Domingo o país dormiu mais tranquilo. As ameaças ao processo democrático foram estancadas pela soberania popular, com a derrota de um Presidente sem preparo que, desde o início do seu desgoverno, só pensava e agia visando a reeleição. Colocou o Estado a serviço dessa megalomania. Dividiu o país com ameaças, violência e ódio. Destruiu a outrora invejável diplomacia brasileira.
Convidou a representação diplomática de dezenas de países para detratar o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas, outro símbolo nacional respeitado mundialmente. Desativou, com cortes orçamentários, serviços essenciais, como os da Funai, Meio Ambiente, Incra entre outros. A Amazônia, espécie de pulmão do mundo, foi escancarada aos grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais, produzindo a maior devastação de sua história, preocupando, no mundo inteiro, os defensores do Meio Ambiente.
Não recebia governadores e prefeitos. Limitava-se a fazer carreatas e motociatas, como prática constante de campanha. A omissão e tardança na aquisição de vacinas foram responsáveis pelo óbito de quase 700mil brasileiros. Metade delas teriam sido salvas se o celerado Presidente deixasse de “prescrever” Cloroquina.
Não teve um brasileiro que não tenha perdido um parente, um amigo, um conhecido nesse determinado genocídio. Essa figura, travestida de Presidente, por acidente de uma conjuntura, que impediu Lula concorrer, foi, neste domingo, defenestrada do Poder pelo povo, elegendo o impedido em 2018. Tal como uma múmia, o derrotado, até agora, não falou. Silêncio de quem ignora a democracia.
Poderia ter feito, reconhecendo a vitória do adversário e pedindo a Deus, que tanto invocava e Lhe dizia proteger. Perdão pelas mortes ocorridas face de sua deliberada e criminosa omissão na Covid, quando até desdenhou dos mortos de Manaus por falta de oxigênio. A Deus e às milhares de pessoas que perderam parentes e amigos. Que se reestabeleça a Paz e a Tranquilidade indispensáveis para recuperação do Brasil.

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