Assassinato do jornalista Décio Sá completa 10 anos neste sábado (23)
Na noite de segunda-feira, 23 de abril de 2012, o jornalista e blogueiro Décio Leite de Sá, de 42 anos, foi assassinado com cinco tiros de pistola ponto 40 por Jhonatan de Sousa Silva, de 24 anos. O crime aconteceu no Bar e Restaurante Estrela do Mar, localizado na Praia de São Marcos, às margens da Avenida Litorânea.
O pistoleiro desceu de uma motocicleta, atravessou a pista e foi até o Bar Estrela do Mar, onde o jornalista esperava um amigo para jantar. Um garçom informou que o assassino se deu ao trabalho de ir ao banheiro, parra se certificar de que era mesmo o jornalista. Ao sair do banheiro, próximo da mesa onde Décio se encontrava, o assassino disparou seis tiros, dos quais cinco alvejaram a vítima.
Na época, o crime obteve ampla repercussão, com manifestação de pesar de entidades como a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Dos 12 acusados de participar direta e indiretamente da trama que resultou na morte do jornalista, apenas dois já foram julgados. O assassino confesso Jhonathan de Sousa Silva, condenado a 25 anos de prisão em regime fechado, e o piloto da motocicleta que deu fuga a ele, Marcos Bruno, condenado a 18 anos de prisão em regime fechado.
Os acusados que ainda serão julgados são: o empresário Gláucio Alencar Pontes Carvalho, acusado de encomendar o crime; Shirliano de Oliveira, o Balão, acusado de auxiliar o assassino (foragido); e José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, acusado de intermediar a contratação do pistoleiro (preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas).
José de Alencar Miranda Carvalho, pai de Gláucio, que também seria julgado como um dos acusados de encomendar o crime, faleceu nesta semana.
Também serão julgados os policiais Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros, acusados de participar de reuniões para tratar do assassinato de Décio Sá (em liberdade); Elker Farias Veloso, acusado de auxiliar o assassino (preso em presídio estadual em Contagem [MG]); o capitão da PM Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita, acusado de fornecer a arma do crime (em liberdade); Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha, acusado de hospedar o assassino.
O advogado Ronaldo Ribeiro, que trabalhava para Gláucio e Miranda e é acusado de participação indireta na trama, foi excluído do júri popular por “falta de provas”.
A investigação do assassinato de Décio Sá resultou na descoberta de um esquema de agiotagem praticado em mais de 40 prefeituras do Maranhão com envolvimento dos empresários Gláucio e Miranda, de vários gestores municipais, outros agiotas, policiais, blogueiros e jornalistas.
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