Seis meses de Braide na Prefeitura de São Luís: desafios e conquistas
Nunca um prefeito em início de mandato esteve tão bem no conceito da opinião pública de São Luís como Eduardo Braide. Em apenas seis meses, ele conseguiu imprimir à sua gestão características de informalidade e dinamismo, e isto vem conquistando os mais diversos segmentos da população ludovicense e maranhense.
O carro chefe da gestão de Braide, claro, tem sido o programa de vacinação contra a Covid-19. De forma milimetricamente planejada e impecavelmente organizada, o prefeito vem ganhando destaque nacional pela velocidade com que a vacina tem chegado às pessoas, um feito e tanto para um momento tão difícil como esse que atravessamos.
Braide está sabendo capitalizar essa iniciativa de forma inteligente, com ações de comunicação de tirar o chapéu, a maioria delas de forma espontânea, sem custo para os cofres públicos, com espaços privilegiados de divulgação na imprensa e nas redes sociais.
Mérito do prefeito e da excelente equipe de comunicação que ele montou, comandada, de um lado, pelo “espaçoso” Joaquim Haickel, criticado por alguns por seu estilo impulsivo.
Mas é graças a ele a boa e sólida relação que a gestão municipal estabeleceu com todos os veículos de comunicação, sem distinção, e com quase todos os jornalistas da cidade. Isso é algo raro num lugar cheio de barreiras políticas e ideológicas como São Luís, obstáculos que quase sempre afetam as relações entre gestores públicos e a classe jornalística.
De outro lado, temos o “esguio” Igor Almeida que, com sua equipe, é o responsável por todas as ações de imprensa elaboradas pela Prefeitura. Todas e muito boas, diga-se de passagem.
É importante ressaltar também o mérito do secretário de Saúde da Prefeitura, Dr. Joel Nunes, um profissional cuja humildade e discrição se sobrepõem ao seu imenso talento.
De modo geral, todo o secretariado municipal tem se saído bem. Braide soube escolher e montou um secretariado de altíssimo nível, com nomes de respeito e prestigio no âmbito estadual e nacional.
Esse grupo é formado por figuras icônicas da administração pública e privada do Maranhão. Nomes como o de Kátia Bogéa, José Azzoline, Simão Cirineu, Felipe Mussalém, Liviomar Macatrão, Pavão Filho e tantos outros.
A gestão de Braide, contudo, não é um mar de rosas. Primeiro, porque a Prefeitura não pode se resumir apenas à maciça e bem executada campanha de vacinação, não obstante o peso dessa responsabilidade no presente momento.
A Prefeitura é algo bem maior. É infraestrutura. É recuperação das vias. É o sistema de transporte público. É a limpeza pública e a conservação patrimonial. É o trabalho contínuo na educação. É a assistência social. É o cuidado com as pessoas. É verdade que tais quesitos não foram esquecidos por Eduardo Braide, mesmo assim, no que diz respeito a eles, a Prefeitura ainda está devendo.
Algumas críticas são feitas ao prefeito Eduardo Braide. Dizem que ele é centralizador. Mas acredito que o que chamam de centralização de poder e decisão é, na verdade, reflexo da grande vontade que o prefeito tem em participar de todas as ações de sua administração, caso que não acontecia com o gestor anterior.
Braide gosta de estar presente em quase tudo. Ouvi dizer que ele é teimoso e autoritário, mas parece que essa impressão se deve ao fato de Braide saber o que deseja e como deseja, e deixa isso bem claro para todos.
Dizem que ele demora muito para tomar decisões. Isso parece ser verdade, mas acredito que será difícil de convencê-lo de mudar esse seu estilo que parece ser uma característica bem antiga, até porque também sua demora em resolver o que fazer e em agir tem, pelo menos até agora, dado certo.
Braide é dinâmico sem ser impetuoso ou precipitado. Ele não costuma correr riscos. A remota possibilidade de erro não é uma opção para ele, e em que pese sua ascendência árabe, ele certamente não é um jogador. Ele não faz grandes apostas – e parece que pequenas também não –, o que pode às vezes ser ruim, pois como diz o ditado: “quem não arrisca não petisca”! Tudo indica que mesmo não sendo um jogador ou um apostador, Braide tem uma imensa sorte, pois tudo parece sempre dar certo para ele.
Há um setor que Braide sabiamente tem deixado adormecido: o político. Digo que ele opera pouco, para não ter que dizer que não opera nesse setor. Ele aproveita o fato de a pandemia ser um impeditivo para ações maiores no âmbito político, para deixar as coisas se sedimentarem e se estabelecerem sem interferências direta dele próprio, da Câmara de Vereadores ou de outras lideranças. Isso é uma atitude inteligente por um lado, mas não ter consigo um grupo consolidado e unido por laços de respeito e interdependência, pode custar caro mais adiante.
Tudo indica que Braide faltou à aula em que seu professor explicou sobre a importância de ter ou de fazer parte de um grupo político. Ele parece ser avesso a essa ideia, e isso já lhe trouxe problemas sérios anteriormente e pode trazer mais.
Por outro lado, há uma guerra, hora velada, hora explicita, travada entre o governador Flávio Dino e o prefeito Eduardo Braide, não só pelo protagonismo da vacinação, mas pelo protagonismo da cena política como um todo, principalmente na capital maranhense, que antes tinha um prefeito, que se por um lado era uma boa pessoa, por outro, era ausente, nunca estava disponível nem presente na cena política.
Se essa disputa fosse somente no âmbito do protagonismo da vacinação poderia até ser saudável, fazendo com que o maior beneficiado por ela fosse a população.
Nessa guerra a principal arma é a informação, e quem está vencendo, guardadas as devidas proporções, tendo em vista o grosso calibre das armas do Governo do Estado, é o prefeito Braide, graças à disponibilidade do prefeito, que além de estar diariamente presente em entrevistas ao vivo em emissoras de rádio e televisão, usa como poucos suas redes sociais, onde também é um campeão de audiência.
Cada conquista alcançada por Braide, até agora, tem sido visível e clara. Cada desafio que ele enfrentará adiante, bem como a forma como ele vai se sair dele, definirá com certeza o seu futuro na política de São Luís e do Maranhão.
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