Fechar
Buscar no Site

Neto Evangelista vê risco de o Brasil ter graves problemas no pós-pandemia

Neto Evangelista acha positiva a postura do prefeito Eduardo Braide e do governador Flávio Dino no enfrentamento da pandemia


O deputado estadual Neto Evangelista (DEM) está convencido de que a falta de bom senso das pessoas tem o poder de agravar a já trágica crise sanitária e econômica provocada pela epidemia do novo coronavírus. O parlamentar, que viveu a recente experiência de percorrer intensamente todos os cantos da cidade, na condição de candidato a prefeito de São Luís, revelou-se esta semana alarmado com o agravamento da pandemia em todo o país.
Para Neto Evangelista, estão sendo corretas as medidas adotadas tanto pelo prefeito Eduardo Braide quanto pelo governador Flávio Dino. Entretanto, ele faz ressalvas quanto à postura do presidente Bolsonaro.
“Preocupa-me a forma como o Brasil está sendo visto mundo afora. Vários países já fecharam as portas para o nosso país. As principais nações não recebem mais vôos brasileiros e isso pode ser apenas o início do afastamento de forças mundiais do nosso país”, declarou.
Para Neto Evangelista, o Brasil, na fase do pós-pandemia, poderá enfrentar vários problemas internacionais, de comércio principalmente. Ele fala sobre este assunto nesta entrevista:
Jornal Pequeno – Qual foi o significado político desta sua experiência de disputar a Prefeitura de São Luís?
Neto Evangelista – Foi extraordinário, algo que eu sonhava desde criança, pois sempre nutri o desejo de ajudar minha cidade. Apresentei um projeto arrojado de desenvolvimento que foi planejado nos mínimos detalhes e realmente me preparei para fazer uma administração que São Luís ainda não conheceu.
Serei sempre eternamente grato pela forma como fui recebido em todos os lugares por onde passei, por cada sorriso, cada carinho recebido e aos mais de 83 mil ludovicenses que acreditaram no nosso projeto.
JP – Quais as suas proposições mais importantes até agora para o enfrentamento da pandemia?
Neto Evangelista – Logo no início da pandemia, criamos alguns projetos e apresentamos algumas proposições para atender ou amenizar a situação das pessoas que mais foram afetadas durante este período. Um deles foi a campanha “Tô em casa mas conte comigo”, criada com o objetivo de arrecadar recursos para a compra de cestas básicas, em pequenos comércios de bairros, que foram distribuídas a autônomos que perderam sua renda e a famílias carentes de São Luís.
Outro importante projeto foi o “Acolhendo Heróis”, corrente do bem que reuniu uma rede de amigos que garantiram hospedagem em hotel a profissionais da saúde que trabalharam na linha de frente de combate à Covid-19, em regime de plantão nos leitos hospitalares de clínica médica ou de UTI das unidades que abriram leitos específicos para atender casos de Covid-19 e estavam com receio de ir para casa no período mais crítico da pandemia em São Luís.
Destaco também a destinação de uma ambulância ao Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, em São Luís, garantindo mais agilidade e eficiência no atendimento à população.
JP – Houve projetos específicos nessa área?
Neto Evangelista – Sim. E entre as proposições cito a legislação que proibiu o corte de serviços essenciais por falta de pagamento, a exemplo do fornecimento de energia elétrica, gás, água e tratamento de esgoto, durante o Plano de contingência do novo coronavírus do Governo do Estado; que instituiu bonificação em concursos públicos, no âmbito da Administração Pública Estadual do Maranhão, para profissionais da área de saúde que atuaram no combate à Covid-19, incluindo auxiliar de serviços gerais, motorista de ambulância, porteiro, maqueiro e similares.
Outro projeto importante foi o que proibiu as operadoras de planos de saúde de exigir carência àqueles usuários que cancelaram o contrato durante a vigência do plano de contingência do governo do estado do Maranhão contra a Covid-19; e a lei que reduziu o valor das mensalidades de escolas privadas do ensino fundamental e médio, de escolas de nível técnico, faculdades, cursos de pós-graduação e cursinhos preparatórios no estado.
JP – De que forma a Assembleia Legislativa pode contribuir para o combate ao coronavírus?
Neto Evangelista – Acho que a Assembleia Legislativa do Maranhão vem dando a sua contribuição desde o início da pandemia, adotando diversas medidas internas de prevenção e combate à propagação da doença e dando agilidade à aprovação de matérias que protegem e ajudam diretamente a população.
Além disso, a Casa Legislativa, por meio dos 42 parlamentares, destinou recursos para a aquisição de 50 respiradores e milhares de cestas básicas que ajudaram a ampliar as unidades de terapia intensiva e a minimizar as consequências do período de retração econômica que passaram os trabalhadores informais e a população de baixa renda.
JP – Qual sua avaliação sobre a forma de enfrentamento da pandemia que vem sendo adotada por parte do prefeito Eduardo Braide e do governador Flávio Dino?
Neto Evangelista – Bom, em São Luís é importante destacar a notória mudança de postura na gestão, que se apresenta mais dinâmica e presente. O prefeito Eduardo Braide tem estado nas ruas e segue comandando de perto o plano de imunização, o que é fundamental nesse momento, porque os líderes são espelhos da sociedade.
Do mesmo modo, o governador Flávio Dino não tem se escondido desse desafio e segue enfrentando e combatendo esta pandemia, informando a população de tudo o que está acontecendo no estado, tomando decisões difíceis, sempre dialogando com quem precisa. Importante destacar que ambos estão fazendo um grande esforço para aumentar o número de leitos.
JP – E o que dizer da postura do presidente Bolsonaro diante deste grave desafio no País?
Neto Evangelista – Bom, já o presidente Jair Bolsonaro é um caso à parte nesta pandemia, não só no Brasil, mas no mundo. Até mesmo seus apoiadores não concordam com a postura que ele vem adotando, negando a pandemia desde o início.
A falta de articulação internacional do governo federal também comprometeu muito o acesso a vacinas e elas são a única forma de realmente vencermos este vírus.
Preocupa-me a forma como o Brasil está sendo visto mundo afora. Vários países já fecharam as portas para o nosso país. As principais nações não recebem mais vôos brasileiros e isso pode ser apenas o início do afastamento de forças mundiais do nosso país.
No pós-pandemia poderemos ter vários problemas internacionais, de comércio principalmente, porque não estão mais sentindo firmeza na condução do nosso País.

O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.

mais / Postagens